Valter Sedano Delfino de Oliveira, 21 anos, nasceu em Niterói, onde vive no bairro Santo Antonio e divide seu tempo no trabalho – como pedreiro e pescador – com o esporte, que recentemente descobriu e encantou-se: o Taekwondo.
Como Valter Sedano ao nascer foi diagnosticado com uma deficiência oriunda da paralisia no plexo braquial, ele pratica a modalidade paraesportiva.
Descoberto por Pedro Neves, personagem que já foi teve sua história contada em nossa coluna, Valter Sedano teve esse encontro como uma verdadeiro divisor de águas em sua vida.
“Fui dar um orçamento com meu pai pela manhã e fui descoberto por um cara, que tenho uma baita admiração de forma inusitada. Ele saiu para correr e me viu, acabou me abordando e me convidando para esse mundo maravilhoso do parataekwondo, que de imediato me apaixonei.”, declara Valter Sedano.
Oriundo de família humilde, Valter Sedano, tem dedicação parcial ao esporte, já que precisa trabalhar para colaborar com as despesas domésticas.
“Minha rotina começa muito cedo, às vezes três horas de manhã eu saio de casa para pescar e trabalho em obra grande parte do dia, além da faculdade que eu estou cursando de educação física, o tempo que sobra eu estou treinando.”, diz Valter Sedano.
Porém, mesmo assim, em tão pouco tempo, ele, com seus esforços e dedicação, já conseguiu resultados muito expressivos, o que tem chamado a atenção dos dirigentes dessa modalidade.
Medalha de ouro no regional sul, Medalha de ouro no parajaps e Medalha de prata no campeonato brasileiro são as conquistas que Valter Sedano já acumula em tão pouco tempo de esporte. Além disso, foi convocado para a etapa que qualificará os paraatletas para a seleção nacional de parataekwondo, sendo que hoje ocupa a primeira posição no ranking nacional.
A família de Valter Sedano o apoia incondicionalmente e por isso mesmo, ele sonha, um dia em poder viver do seu talento esportivo, além de colaborar com uma melhor qualidade de vida para seus familiares.
Na tentativa de suprir algumas necessidades vitais de seus treinos e carreira, Valter Sedano está com uma “vaquinha virtual” disponibilizada para quem possa colaborar com qualquer quantia.
“Eu resolvi fazer a vaquinha porque eu preciso de materiais que atendam os níveis internacionais, preciso fazer exames médicos para apresentar na seletiva e taxas para competir internacionalmente e nacionalmente. Infelizmente não tenho como arcar com tudo isso sozinho.”, afirma Valter Sedano.
Quem quiser conhecer mais esse esforçado paratleta, pode segui-lo pelas redes sociais: @Valtin2122
Infelizmente as políticas públicas destinadas ao incentivo esportivo são bem limitadas e quando o foco é o paraesporte, elas se tornam ainda mais restritas. Porém, a determinação e abnegação de seus praticantes nos induz a acreditar que desistir, não é uma opção e que perseverar, contando com a colaboração de muitos, nos fortalece como sociedade humanista e apaixonada pelo esporte e seus desafios.