Andréa Nakane: Exercício que Ilumina a Alma

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A frase ‘O que se leva desta vida é a vida que a gente leva’, dita pelo personagem Barão de Itararé, famoso por sua irreverência, cujo idealizador foi Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971), demonstra ser adequada para buscar reflexões que, mesmo sendo individuais, nos levam a pensar no coletivo, uma vez que não é possível viver isolado.

A palavra mais buscada, utilizada, digitada, falada e reverberada atualmente é a célebre ‘EMPATIA’. Em sua etimologia, o vocábulo vem do termo grego ‘empatheia’, que significa em+patheia (pathos/paixão). Em sua compreensão plena, seria a capacidade psicológica de sentir ou se colocar no lugar de outra pessoa, caso estivesse vivenciando a mesma situação que ela.

No entanto, o exercício da empatia é muito difícil, pois temos a tendência de fazê-lo através de nossos olhos, nossas experiências e nossas bolhas, o que impede a verdadeira empatia de surgir.

Devido a essa questão da empatia distorcida, é vital aprender e praticar esse exercício. Por isso, encontra-se no Rio de Janeiro e em São Paulo uma imersão sensorial, que deveria ser obrigatória no currículo de todos.

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Intitulado ‘Diálogo no Escuro’, essa exposição está no Museu Histórico Nacional (Praça Marechal Âncora – Centro) e proporciona uma experiência de diversidade, inclusão, empatia, conexão e integração. É um catalisador para mudanças, com impacto consistente em todas as culturas. A trilha em si dura pouco mais de uma hora, mas seus efeitos podem durar uma vida.

Os visitantes são guiados por Pessoas com Deficiência Visual em grupos, atravessando salas totalmente escuras e especialmente construídas, onde cheiro, som, vento, temperatura e textura reproduzem características de ambientes cotidianos, como parques, ruas e lojas.

Através dessa inversão de papéis, as rotinas diárias se tornam uma nova experiência. Pessoas que podem ver são levadas para fora de seu ambiente familiar, enquanto as Pessoas com Deficiência Visual proporcionam segurança e orientação, transmitindo um mundo sem imagens.

Durante e após a visitação, o público tem a oportunidade de fazer perguntas que normalmente não teriam a chance de fazer a Pessoas com Deficiência Visual, reduzindo as barreiras de ambos os lados e ajudando na compreensão mútua. A ênfase não está na cegueira, mas sim na importância da compreensão, empatia e solidariedade.

A exposição visa mudar a mentalidade das pessoas em relação à deficiência, estimular a diversidade e inclusão, além de aumentar a tolerância ao ‘outro’.

É importante ressaltar que esse projeto já existe há mais de 30 anos, passou por 140 cidades, em mais de 40 países, e foi prestigiado por mais de 9 milhões de pessoas, empregando mais de 8.000 pessoas com deficiências visuais.

A iniciativa na concepção do projeto é da empresa alemã Dialogue Social EnterpriseTM, e no Brasil, a representação é liderada pela Calina Projetos.

Espero que este simples texto tenha gerado em você mais do que curiosidade, mas uma forte proatividade para garantir seu lugar nessa atividade transformadora, que permitirá que você veja o mundo com olhos totalmente diferentes.

O sucesso tem sido tão grande que a exposição foi prorrogada até o dia 27 de agosto, com entrada gratuita, porém com ingressos limitados, disponíveis no local por ordem de chegada e sujeitos a disponibilidade. A programação ocorre de quinta e sexta-feira, das 10h às 17h (última sessão às 16h), e sábado e domingo, das 11h às 17h (última sessão às 16h).

Informações: rio@dialogonorescuro.com.br ou instagram.com/dialogonoescuro

Vá e descubra olhares nunca antes estimulados. Você sairá uma pessoa diferente!

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Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.
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