Andréa Nakane: Para todos verem e se divertirem

A colunista do DIÁRIO DOR RIO comenta sobre o projeto artístico-cultural "Graffiti #PraCegoVer"

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Arthur Moriyama, ou Subtu, como é internacionalmente conhecido, está a frente da criação artística do projeto artístico-cultural Graffiti #PraCegoVer que acabou de ganhar a atenção dos cariocas na Casa da Ciência da UFRJ: Rua Lauro Müller, 3, em Botafogo.

O projeto inova a forma como a arte urbana é apreciada por pessoas com deficiência visual, sendo o primeiro grafite em braile do mundo!

A iniciativa surgiu a partir da percepção de que enquanto as pessoas que enxergam podem admirar e se emocionar com a magnitude das pinturas de rua, os deficientes visuais são privados dessa experiência e do exercício de cidadania trazido pela democratização da arte urbana.

Para isso os grafittis são táteis e acompanhados pelo texto em braile detalhando as formas da imagem, suas cores e dimensões, proporcionando uma experiência completa e imersiva.

O projeto Graffiti #PraCegoVer conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais, incluindo consultores em impressões 3D, consultor de acessibilidade, designer, curador e produtores. Essa equipe tem trabalhado arduamente nos últimos meses para garantir que a técnica desenvolvida seja permanente e facilmente replicada em outros murais com a colaboração de novos artistas, que são atraídos pelo propósito do projeto, assim como ocorreu com o Subtu.

Nascido e criado na cidade de São Paulo, Subtu, na sua pré-adolescência conheceu o spray por meio da prática da pixação. Ali surgiu seu interesse pela arte urbana, desenvolvendo seu estilo, até chegar à forma atual, em que divide suas criações entre a rua e o ateliê.

Artista questionador e provocador, Subtu é um dos mais ativos no graffiti do país e usa o seu personagem mais famoso, o macaco ” Yoko”, para tratar de temas sociais do cotidiano.

E. é claro, no projeto esse personagem, não poderia deixar de faltar na Casa da Ciência da UFRJ.

A história é contada em três murais diferentes, mas autônomos, localizados em São Paulo, Rio de Janeiro e Jundiaí, interior de SP, que se conectam como uma história em quadrinhos, proporcionando uma experiência única aos espectadores. 

A narrativa completa também estará disponível online por meio das plataformas digitais e redes sociais da Mosaiky (https://mosaiky.com.br). Para o público visitante, a exposição permite uma experiência imersiva e inclusiva com a arte urbana. que se conectarão como uma história em quadrinhos, proporcionando uma experiência única aos espectadores.

Vale a pena ir além do meio digital e visitar o painel na Casa da Ciência da UFRJ, que tem uma programação recheada de atrações para todos, destacando também a maior exposição de esculturas de animais gigantes, feitas de materiais recicláveis e resignificados: a “Zoo Urbano”.

A Casa da Ciência da UFRJ (@casadacienciadaufrj) também disponibiliza visitas para grupos e escolas, a partir de 08 pessoas, valendo inclusive para a exposição Se liga, são elas na física! que está fazendo muito sucesso e que demonstra, através de experiências interativas, que a física pode ser super interessante e divertida, mesmo que pareça, por vezes, complicada. 

Essa atração foi desenvolvida em parceria com o LADIF – Museu Interativo da Física da UFRJ, a exposição marca os 35 anos deste e os 10 anos de fundação do “Tem Menina no Circuito”, uma iniciativa para despertar em meninas o gosto pela ciência. A exposição conta com diversos experimentos interativos, com abordagens para todas as idades. 

Tudo isso com entrada gratuita. Super programa para o fim de semana em família!

 Partiu!

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Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.

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