RIO-SP
Chega aos palcos de São Paulo um espetáculo que é uma ode ao Rio de Janeiro e a Bossa Nova.
O Bossa Nova Cabaret Bar estreou na semana passada no confortável espaço cultural da Fiesp, em plena Avenida Paulista e contou em todos os dias, com a casa lotada, por um público ávido em conhecer um pouco mais desse gênero musical nascido na zona sul do Rio de Janeiro e que ganhou o mundo.
O espetáculo – assinado pelo grupo Circo Grafitti e Diorama Casa de Produção – é uma comédia de variedades retratada em formato de um show, no fictício Copacabana Cabaret Bar, conduzido por uma trupe de comediantes cantores: Rosi Campos, Helen Helene, Rachel Ripani, Luciano Schwab, Conrado Caputo, Danilo Martho, Diego Gazin, Efraim Ribeiro, Flávia Teixeira, João Pedro Attuy, Larissa Garcia, Naiara de Castro e Paloma Rodrigues.
Livremente inspirado em fatos, personagens e músicas da Bossa Nova, o roteiro apresenta as canções emblemáticas do movimento em forma de números de mágica, quadro de bonecos, números de cortina com vedetes, paródias, números de plateia, bem como variadas performances musicais com o rearranjo das composições.
O texto é de autoria e tem a direção geral de Helen Helene e Pedro Paulo Bogossian.
Vale destacar a excelência dos músicos, regidos pelo maestro e diretor Pedro Paulo Bogossian, composto por Ana Eliza Colomar no Sax e Flauta, Giullia Assmann, no Contrabaixo, Jesum Biasin na Percussão e Rodrigo Mardegan na Bateria.
É um programa imperdível para conhecer, e em alguns casos reviver o tempo áureo do final da década de 50 até o final da década de 60, período que a bossa nova surgiu, cresceu, amadureceu e deu espaço para novos estilos, sem jamais perder sua relevância no cenário nacional e internacional.
E ainda tem mais: os ingressos são gratuitos, basta entrar no site https://www.sesisp.org.br/evento/f486ca79-bcd0-4c33-905b-f581aa2894c3/bossa-nova-cabaret-bar e reservar disponibilidade, sempre às segundas-feiras, a partir das 08h.
A temporada fica em cartaz até fevereiro de 2024. Dá para prestigiar várias vezes e embarcar nas ondas da bossa nova, com muito encantamento e diversão garantida.
SP-RIO
“A Batalha da Rua Maria Antônia”, filme dirigido por Vera Egito com produção da Paranoid e Globo Filmes, venceu o prêmio de melhor filme de ficção na 25ª edição do Festival do Rio. O longa, que retrata em 21 planos sequências o emblemático episódio de resistência estudantil ao regime militar, levou o troféu no circuito Première Brasil, dedicado a produções nacionais.
“É muito importante o filme ganhar esse destaque em seu lançamento no Festival do Rio. ‘A Batalha da Rua Maria Antônia’ é uma história que precisa reverberar pelo Brasil. Precisamos manter a memória da ditadura viva, especialmente em um momento em que a sanha autoritária está à espreita”, comenta a diretora Vera Egito.
A obra traz momentos da noite de outubro de 1968 que ficaram conhecidos como “Batalha da Rua Maria Antônia”. 21 planos sequências trazem a tensão e os conflitos vividos por professores e estudantes do Movimento Estudantil de Esquerda, no prédio da Faculdade de Filosofia da USP, que montaram uma vigília para garantir a votação no pleito do movimento estudantil em plena repressão da ditadura militar. Eles enfrentam os ataques do Comando de Caça aos Comunistas vindos do outro lado da rua, da Universidade Mackenzie. Quando o confronto explode, gritos, molotovs, pedras, paus e bombas caseiras são atiradas, e as 24 horas vividas com a paixão da juventude dos anos 60, em defesa de um ideal, se misturam com a iminência da invasão dos militares ao prédio da USP.
O filme também está confirmado na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro. Internacionalmente, a produção foi selecionada para o 30º Festival de Cinema de Austin, 59º Festival Internacional de Cinema de Chicago, 68º SEMINCI – Semana Internacional de Cine de Valladolid e Festival Jio MAMI Mumbai 2023
