Andréa Nakane: Vai um Saquê Irado, aí?

Patrícia Telló se auto-rotula de “saquê geek”, há aproximadamente 15 anos, sendo que nos últimos seis anos, como uma espécie de hobby, decidiu investir em uma produção autoral da bebida no país

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Patrícia Telló Dürks, ou simplesmente, Patrícia Telló, tem 43 anos, é médica, especializada em medicina fetal, mas nos últimos tempos tem seu nome associado ao crescimento do gosto etílico carioca pelo Saquê.

Saquê ou saqué é uma bebida alcoólica fermentada milenar do Japão, produzida a partir de três ingredientes principais arroz, água e k?ji, uma espécie de micro-organismo. A bebida tem um teor alcoólico que varia de 13% a 16% e pode ser consumido resfriado, em temperatura ambiente ou aquecido, dependendo da estação do ano.

Patrícia Telló se auto-rotula de “saquê geek”, há aproximadamente 15 anos, sendo que nos últimos seis anos, como uma espécie de hobby, decidiu investir em uma produção autoral da bebida no país.

“Eu acabei me aprofundando muito no assunto e, em 2019, fiz alguns cursos e acabei indo para o Japão a convite de uma fábrica para aprender mais sobre a produção. Depois disso, meus amigos que são donos da Cervejaria Devaneio do Velhaco me convidaram para tornar a produção comercial, e então fundamos há 5 anos atrás o projeto do primeiro Craft Sake do Brasil.” conta Patrícia Telló.

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Importante salientar que o saquê, contudo, não é fermentado pela adição das leveduras ao arroz, mas por meio do uso do koji, que converte o amido do arroz em açúcar. O arroz começa a fermentar quando as leveduras são adicionadas a esse açúcar. Uma vez que os processos de sacarificação e fermentação ocorrem em paralelo no mesmo contêiner, o processo é chamado de “fermentação paralela múltipla”.

Aqui no Brasil, segundo Patrícia Telló, o mercado ainda tem muito a ser desbravado, mas já apresenta indícios de estar em pleno processo de conquista dos cariocas, principalmente pela diversidade da vasta gastronomia do nosso país. O saquê tem vários estilos e sempre um deles fica perfeito para harmonizar com qualquer prato da nossa culinária!

“É mito que a harmonização do saquê é difícil, a diferença é que o público ainda não descobriu os diversos estilos de saquê que existem para harmonizar… o saquê importado aqui no Brasil, infelizmente, ainda é uma bebida muito cara, mas a nossa ideia é tornar o consumo mais factível.” declara Patrícia Telló.

E para isso, Patrícia Telló, tem sido uma porta voz ativa nessa ampliação de consumidores, tendo como objetivo divulgar essa bebida pela qual ela se apaixona todos os dias. O que acontece em eventos de degustação, no qual os cariocas participam e aprovam a bebida.

“Por exemplo o nosso Sakê Tomoe – nome em homenagem a mais famosa guerreira Samurai do Japão, pode ser pareado com nosso prato típico aqui do Sul – o churrasco! Mas sugiro também com comida italiana que fica maravilhoso! Não só com comida japonesa.” orienta Patrícia Telló.

A produção de Patrícia Telló pode ser adquirida diretamente pelo site www.devaneiodovelhaco.com.br ou degustá-la, por enquanto, no restaurante Haru em Copacabana. Quem quiser pode também seguir as redes sociais que apresentam o produto e dão dicas para uma maior familiaridade com a bebida (@sakebypatty @devaneiodovelhaco).

Realmente, frente a sua plena diversidade, não é de se espantar, que cada vez mais o saquê se torne uma opção nos bares e restaurantes cariocas. Não vai tirar o lugar da caipirinha, mas certamente se colocará como mais uma opção ao gosto de quem aprecia uma boa bebida, independente de suas origens históricas, afinal, tudo que por aqui chega, acaba, sendo acolhido no verdadeiro estilo de vida da cidade.

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Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.
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