Aberta em 2018, a filial do tradicional restaurante Angu do Gomes, localizada na em Botafogo, na Zona Sul do Rio, não resistiu à crise que gerou recesso na economia e fechou as portas no primeiro semestre de 2020. Para arcar com os custos de encerramento das atividades no local, os sócios da casa disponibilizaram equipamentos e móveis do estabelecimento para leilão.
Entre os itens oferecidos estão bancadas refrigeradas, balcões de inox, ar condicionados, fornos, fogões, chapas, coifas, fritadeiras, câmara fria completa de resfriamento, mesas e cadeiras de madeira, forno combinado, lavadora, panelas, pratos, bandejas, prateleiras, monitores de vídeo, e diversos outros equipamentos de cozinha e salão em ótimo estado. São 184 objetos da casa disponíveis para leilão.
A sede do Largo do São Francisco da Prainha, na Rua Sacadura Cabral 75, segue com suas atividades normais.
“Neste momento tão difícil para todo o comércio de bares e restaurantes no Rio de Janeiro, nós estamos, também, tentando resistir como podemos. Leiloar os móveis e utensílios da casa de Botafogo é mais uma tentativa de conseguir fôlego para manter essa marca tão tradicional viva”, comenta Rigo.
Em comunicado, os administradores do local lamentaram o encerramento das atividades.
“Fundado em 1955, o Angu do Gomes faz parte da memória afetiva do carioca. Com uma trajetória que se funde com a própria história da cidade, o Angu do Gomes nasceu como um projeto que tinha como objetivo levar uma comida essencialmente brasileira e democrática para todos os cantos da cidade: oitenta carrocinhas ambulantes vendiam angu com miúdos de boi a preços acessíveis, por diversos bairros do Rio de Janeiro. Depois de anos conquistando admiradores por toda a capital fluminense, fincaram raiz em seu primeiro endereço físico, em um casarão colonial no Largo de São Francisco da Prainha, em 1977. Depois de longos anos atendendo a clientela de todo o Rio de Janeiro, com muita história na bagagem, e depois de ter conquistado o coração do carioca, a primeira casa da marca fechou, em 1995. Mas não foi por muito tempo.
Em 2006, Rigo Duarte, que cresceu vendo o avô Basílio Augusto Moreira – único fundador ainda vivo do Angu do Gomes – se dedicar ao negócio e se doar ao seu sucesso, decidiu resgatar suas raízes. A determinação em levar adiante o projeto do Angu do Gomes fez com que o jovem abandonasse os estudos em Educação Física para cursar gastronomia e assumir, de vez, a empresa familiar – ao lado do amigo e sócio Marcello Klang. O segundo restaurante do Centro, também no Largo do São Francisco da Prainha, na Rua Sacadura Cabral 75, é fruto deste projeto de valorização e renovação da marca Angu do Gomes, que segue resistindo, recebendo o público que busca a experiência afetiva do cardápio da casa.
O Angu do Gomes de Botafogo, aberto em um casarão amplo de dois andares, todo reformado, no movimentado bairro da Zona Sul carioca, manteve as portas abertas por dois anos, na tentativa de expandir o alcance da marca para um novo público – e uma nova geração de moradores e frequentadores da cidade – mas não conseguiu sobreviver à instabilidade econômica do país”.
Para quem quiser participar e adquirir o acervo do Angu do Gomes de Botafogo, basta acessar o link www.sold.com.br/lote/lista/leilao/10229 e se cadastrar para dar lances.