Anta é solta em floresta no Estado do Rio de Janeiro para salvar espécie de extinção

Jasmim passará a viver livre na Reserva Ecológica de Guapiaçu a partir desta quinta-feira

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Filha de Antônia e de Antenor, Jasmim deixou o local onde nasceu com uma missão: ajudar a corrigir um erro cometido há mais de um século. No próximo dia 29, a jovem anta doada pelo Zoológico de Guarulhos, em São Paulo, será solta na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) se unindo a outras da sua espécie Tapirus terrestris que estão vivendo livres novamente nesta floresta localizada no Estado do Rio de Janeiro. No início do século XX, estes animais chegaram a ser considerados localmente extintos. Mas, devido à parceria entre os projetos Guapiaçu (patrocinado pela Petrobras e pelo Governo Federal) e Refauna, estão voltando à natureza.

“A reintrodução das antas em Guapiaçu estabelece a primeira população da espécie após mais de 100 anos de extinção no estado”, afirma Maron Galliez, coordenador do programa de reintrodução e professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

O objetivo da parceria entre os dois projetos é restaurar relações ecológicas perdidas com o desaparecimento de mamíferos silvestres na Mata Atlântica. Conhecidas como “jardineiras da floresta”, as antas têm uma dieta que inclui frutas e uma enorme habilidade de dispersar sementes. Devido ao seu grande porte, necessitam de uma quantidade elevada de alimento e percorrem extensas áreas. Por isso, são capazes de semear grandes trechos, favorecendo a regeneração florestal. A longo prazo, esse movimento garante segurança hídrica e aumenta o sequestro de carbono atmosférico, combatendo o aquecimento global.

A espécie de anta da qual Jasmim faz parte foi extinta há mais de 100 anos no Estado do Rio de Janeiro devido à caça predatória e sua reintrodução na Reserva Ecológica de Guapiaçu teve início em 2017, com a chegada de três animais. Ao todo, já foram devolvidos ao seu habitat natural 11 antas e há registros de que um filhote nasceu livre na região. Apesar de quatro animais terem morrido, os remanescentes estão adaptados e contam com o apoio, inclusive, dos moradores do entorno da reserva.

“Estamos fazendo o que a natureza sempre fez e nos ensinou, cada parceiro do projeto ajuda com alguma coisa neste trabalho. A REGUA oferece a área de floresta, o Refauna, especialistas para essa tarefa de reintrodução e o Projeto Guapiaçu, transporte e monitoramento. Precisamos da ajuda de todos para corrigir o erro de nossos antepassados e fazer o trabalho da natureza. Agora o desafio é mostrar para crianças e jovens como cuidar do nosso planeta”, acrescenta Gabriela Viana, coordenadora executiva do Projeto Guapiaçu

Jasmim nasceu no Zoológico de Guarulhos no primeiro semestre de 2019 e, no último dia 31 de julho, foi transferida para uma área de aclimatação na reserva ecológica. A meta é transportar mais antas em breve para a floresta. Assim, acreditam os pesquisadores, será estabelecida uma população viável destes animais que, com o tempo, se dispersarão para o vizinho Parque Estadual dos Três Picos e outras áreas adjacentes, colonizando a região mais densamente florestada do estado, o Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense.

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1 COMENTÁRIO

  1. Mas os espiritos das antas nunca sumirão. E me parece que eles possuiram os corpos dos nossos dois ultimos presidentes. Cada coisa que eles falam que só sendo anta pra crer

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