Foi colocado à venda pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) o edifício de 12 andares, situado na Rua Acre, nº 21, Centro da cidade do Rio, que abrigava a instituição. O anúncio foi feito depois de concluída a mudança dos setores administrativos para uma sede provisória na Rua Dom Gerardo. A autoridade portuária administra os Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis.
O imóvel à venda possui cerca de 5600m2 de área construída, o valor estimado pela companhia para venda do imóvel é de R$ 28,4 milhões e o prédio fica em uma das regiões mais promissoras do Centro, a poucos metros da Praça Mauá, e da linda Orla Conde.
O imóvel fica perto de um lançamento em construção pela construtora Engeziler na Rua do Acre 33, com 21 andares e vista para a baía. Os dois casarões no número 33 da Rua Acre, esquina de Beneditinos, onde funcionaram lanchonetes feridas de morte pela crise econômica, darão lugar a um prédio residencial moderno, o AKKO.
Com o advento do projeto Reviver Centro, que busca requalificar a região central após o abandono por ela sofrido de 2017 para cá, vários incentivos têm sido oferecidos pela municipalidade para quem desejar empreender na região central. Dentre eles, uma operação interligada garante a concessão de direitos construtivos em partes da Zona Sul e Grande Tijuca para aquele que converter prédios comerciais no centro em residenciais. Estes benefícios podem chegar a 60% da metragem total do imóvel que for transformado em residências, e este crédito pode ser utilizado para preencher vazios urbanos em algumas das áreas mais valorizadas da cidade.
Consultado pelo Diário do Rio, Marcos Queiroga, diretor regional da Sergio Castro Imóveis, maior empresa imobiliária da região, considerou o valor pedido alto: “os imóveis que vêm sendo vendidos com o fito de serem convertidos em residencial, ou seja, que se destinam a retrofit, não tem sido vendidos por muito mais que R$ 1.800,00 por metro quadrado, às vezes 2.000”. Se fizermos a conta de Queiroga, o imóvel não valeria muito mais que 10 milhões de reais. Segundo o corretor, é preciso levar em conta o alto custo de uma obra de retrofit, que, segundo ele, chega a R$ 4.000 reais por cada metro construído. Além disso, ele explica que na conta é preciso adicionar custos financeiros, de impostos e de corretora de imóveis. Tudo isso para vender um imóvel pronto, na região, por cerca de R$ 9.500,00 por cada metro, num lançamento. A margem seria apertada.
Recentemente foi vendido no Centro o prédio da Rua da Assembléia 11, com vista mar e localização mais privilegiada, por menos de 12 milhões de reais. O prédio tem 13 andares, mais de 4.000m2 e estava todo reformado para escritórios. Foi adquirido pelo Sescoop para uso como sua sede. Outra venda recente, noticiada hoje pelo jornalista Ancelmo Gois, foi do Tradicional Hotel Aymoré, na Praça da Cruz Vermelha, com cerca de 1.500m2, vendido a R$ 2.000.000,00 a um grupo canadense.
A localização do imóvel de Docas é próxima a diversas atrações do Porto Maravilha, tais como: Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio, Pier Mauá, Boulevard Olímpico, Largo São Francisco da Prainha, e o futuro Mercado do Porto. Além disso, é de fácil acesso pelas estações de Metrô (Uruguaiana) e VLT (São Bento). Existe também um edifício garagem próximo, na esquina da Marechal Floriano.
Ainda este ano, a Cia. Docas deve se mudar para sua sede definitiva no Porto do Rio. O imóvel, localizado no início do Boulevard Olímpico e ao lado da Praça Mauá, está em reforma para receber os cerca de quatrocentos funcionários da empresa.
A venda de imóveis da União só pode ser feita a leilão e preços de mercado depois que dois editais de tentativa de venda a preço de avaliador oficial deem errado. A lei é assim – e já foi pior, antes deste governo, não havia como deixar na mão de corretores caso tudo desse errado.
É o caso do prédio A Noite, que deve ser alienado desta forma em muito breve e deixar assim de onerar o povo brasileiro. Que se façam e deixem-se fazer as privatizações de tudo o que for possível.