Antigo Hotel Aymoré, no Centro do Rio, vai virar prédio residencial

A mudança ficará por conta de canadenses especializados em reformar prédios antigos e transformá-los em apartamentos residenciais para locação. Em menos de um ano, 1674 novas unidades residenciais no Centro já tiveram pedido de licença protocolado junto à prefeitura.

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Fachada do Hotel Aymoré, no Centro da Cidade. | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Mais um residencial está a caminho no Centro do Rio: o antigo Hotel Aymoré, construído em 1910 pelo empresário Antonio Mendes Campos, na Praça da Cruz Vermelha, vai passar por uma reforma – o chamado “retrofit”- e se tornar um prédio residencial. O prédio fica bem na esquina das ruas Carlos Sampaio e Carlos de Carvalho com a Praça, e ocupa praticamente todo um quarteirão, com frente para três logradouros. Sua fachada histórica, parcialmente em pedras de cantaria, e ornada com motivos indígenas, é um ponto alto, assim como as duas lindas torres, que ficam nas esquinas. O índio Aymoré que fica no topo do edifício rendeu-lhe a fama de “hotel do índio” (foto).

A mudança ficará por conta de um fundo canadense especializado na transformação de imóveis comerciais em residenciais, com a finalidade de locação. O Fundo Walkerville está adquirindo o imóvel, em uma venda intermediada pela Sergio Castro Imóveis, maior imobiliária da região, e, segundo a imobiliária, busca mais oportunidades semelhantes.`1

A operação vem a ocorrer no esteio do projeto Reviver Centro, do Secretário de Planejamento Urbano Washington Fajardo. Até o momento e desde o início da vigência da lei do Reviver, 1674 unidades novas de residências já estão em processo de licenciamento perante a prefeitura municipal. Em menos de um ano, o número é considerado bem-sucedido por especialistas em mercado imobiliário, lembrando que os novos empreendimentos que vêm sendo lançados no Porto Maravilha não estão incluídos nesta conta, embora provavelmente vão também gerar um aumento no tráfego de pessoas na região do Centro Histórico.

O imóvel, que tem cerca de 2 mil metros quadrados, tornou-se propriedade de Maria José Campos Seabra, filha de Antonio Mendes, após sua morte. Depois, o imóvel acabou sendo vendido aos atuais proprietários. A admiração do patriarca pelos índios Aymoré gerou outro imóvel inspirado neles, a hoje badalada e igualmente histórica Vila Aymoré, na Glória, que se tornou sede da ESPM recentemente.

O velho hotel de quase 50 quartos – que tinha grande clientela entre pacientes e trabalhadores do INCA – não resistiu, fechou as portas durante a pandemia e a área agora ganhará um novo uso. O Rio agradece.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Acho ótimo essa ocupação do centro com prédios residenciais Tenho interesse em adquirir um.. Mas ñ se pode deixar de lado a infraestrutura como, mercados, padarias e principalmente segurança.

  2. Acho esse movimetno ótimo para a regiçao. Porém,de nada adianta investir em novas residências e não oferecer segurança aos moradores. Sem contar toda a poupulação de rua ue ocupa a área. Essa população merece um programa de reabilitação social,com cursos e empregos.

  3. Espero que a mesma Prefeitura do Rio, que promove esta reocupação do Centro se ocupe do aparato de segurança pública, indispensável ao sucesso deste e de qualquer outro projeto urbano!

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