Antigo Moinho Fluminense, no Porto Maravilha, passará por reformas; sede terá escritórios e áreas de lazer

Prédio histórico ajudará na revitalização da Zona Portuária; todo o projeto deve ser desenvolvido em três anos

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Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

A partir do segundo semestre deste ano o prédio do antigo Moinho Fluminense começa a ser restaurado. O Moinho é um marco histórico da cidade, com uma grande fachada, como se fosse um arco, no alto de uma via comum, por onde passam carros e pessoas.

O Moinho foi a primeira fábrica de moagem de trigo do Brasil. Inaugurado em 1887, o prédio faz parte da história da nossa cidade e do nosso país. Além de ser fundamental para o comércio nacional, a fábrica Moinho Fluminense tem suas memórias marcadas por importantes fatos históricos.

A antiga sede da administração será transformada em um espaço multiuso, com escritórios comerciais, bares, restaurantes e locais para eventos, como shows sob os silos que, no passado, armazenaram trigo. A área do Moinho compreende um terreno de cerca de 27.000m2, no coração do Centro e do Porto Maravilha, com frente para as avenidas Rodrigues Alves, Venezuela, Binário do Porto e para a rua Sacadura Cabral, além de uma imensa frente para a Praça da Harmonia, onde funciona o Quinto Batalhão da PM.

A modernização da área prevê também, futuramente, a construção de prédios residenciais e corporativos em terrenos vizinhos, que faziam parte do complexo industrial. Todo o projeto deve ser desenvolvido em três anos.

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Gustavo Guerrante, presidente Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp), afirma, ao “O Globo”, que o projeto é fundamental para o plano de revitalização do Porto Maravilha. Para o executivo, “ele ajudará a integrar duas áreas da região que estão sendo revitalizadas: o entorno do Boulevard Olímpico e a Praça da Harmonia”, explica o presidente.

Dois andares do prédio administrativo do Moinho Fluminense serão transformados em lajes corporativas para locação. No caso de eventos, a intenção é promover tanto atividades abertas ao público quanto particulares.

De acordo com a Cdurp, a intenção é que parte dos terrenos dos imóveis corporativos permaneça aberta para a circulação do público, com praças compartilhadas para lazer.

Ainda não há um lançamento oficial do projeto, mas algumas iniciativas culturais já ocorreram no prédio do Moinho. Em novembro do ano passado, o espaço abrigou um ateliê para a montagem de exposições exibidas depois no Museu de Arte Moderna.

O licenciamento do projeto está sendo providenciado pela Autonomy Investimentos, que adquiriu o espaço em 2019. Por enquanto, a empresa não fala sobre o projeto, só se pronunciando por intermédio da Cdurp. Na semana passada, por decreto, a prefeitura deu aval para o empreendimento, prevendo o uso dos chamados Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs). A aquisição de Cepacs permitirá que os proprietários do Moinho construam os prédios no entorno.

A Autonomy contratou a S9 Architecture, um escritório de arquitetura americano para desenvolver o projeto do Moinho. Em Nova York, ela assinou a remodelagem de alguns prédios industriais antigos nas imediações da Ponte do Brooklyn. A empresa desenvolve a proposta em parceria com outro escritório do Rio de Janeiro.

Anteriormente, a Bünge, que operava a fábrica, vendera o imóvel à empresa Vinci Partners, que acabou desistindo do negócio. Posteriormente, a Autonomy acabou comprando o grande complexo, e já demoliu o prédio que não era tombado e que dava frente para a rua Sacadura Cabral. A Autonomy tem tido boa experiência na região, pois o seu prédio corporativo Vista Guanabara, na esquina da avenida Venezuela com a rua Barão de Tefé, está quase que totalmente alugado, sediando grandes empresas, como a Granado.

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1 COMENTÁRIO

  1. Mas já ??? Em 2017 foi tudo reformado pelo Eduardo Paes e governo Dilma onde foi destinado 15 bilhões pra revitalizar o porto maravilha,que isso gente a farra do boi vai voltar

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