Antônio Sá: Câmara Juvenil – Parabéns para a Câmara municipal do Rio

Colunista do DIÁRIO DO RIO diz que conhecimento é poder e liberdade

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Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Foto Cleomir Tavares/Diário do Rio

No início deste mês, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ) deu início à instalação da Câmara Juvenil, uma iniciativa que envolve a participação de 51 jovens alunos da rede municipal de ensino do Rio. Esses jovens terão a oportunidade de discutir o futuro da cidade, debater ideias, propor e votar projetos com o intuito de melhorar o município.

Durante o ano, os participantes receberão aulas sobre o processo legislativo e orientações para a elaboração de projetos de lei. Até dezembro, eles se reunirão presencialmente no Palácio Pedro Ernesto uma vez por mês para analisar, discutir e deliberar sobre os projetos de lei propostos. No dia 1º de dezembro, ocorrerão as últimas votações no plenário.

Os projetos aprovados pelos jovens serão encaminhados aos vereadores como sugestões para que se tornem projetos de lei efetivos. Essa iniciativa da Câmara Municipal do Rio de Janeiro merece ser elogiada, pois valoriza o processo democrático em nossa cidade.

É comum que o senso comum, embora equivocado, demonize a política e os políticos. No entanto, é importante lembrar que aqueles que não se interessam pela política acabam sendo governados por aqueles que se interessam. Portanto, incentivar a consciência política é fundamental para que a população participe ativamente da vida em sociedade, faça escolhas e apresente propostas de qualidade, em vez de se omitir e acreditar cegamente em promessas vazias feitas por indivíduos que se autodenominam salvadores da pátria, falsos profetas e detentores absolutos da verdade.

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Compreender a importância e o funcionamento da política é deixar a ignorância de lado e assumir uma posição ativa e consciente. E quando essa consciência é cultivada desde a juventude, os resultados são ainda melhores.

O projeto Câmara Juvenil tem como objetivo ensinar, orientar e conscientizar sobre a importância, os deveres e os direitos dos políticos. Eu, que trabalhei por 26 anos assessorando prefeitos junto à CMRJ, sei muito bem que o ambiente parlamentar possui particularidades que nem todos conhecem e que não são ensinadas nas escolas ou em casa.

Portanto, conhecer o funcionamento dos parlamentos amplia consideravelmente a compreensão e a perspectiva das pessoas. Falando sobre coração, mente e legislativo, gosto de citar o pensamento a seguir:

“O poder legislativo é o coração do Estado, o poder executivo é o seu cérebro, que dá movimento a todas as partes. O cérebro pode ficar paralisado e o indivíduo continuar a viver, mas assim que o coração cessa suas funções, o animal morre” (Do Contrato Social – Jean-Jacques Rousseau).

É sempre bom lembrar que o conhecimento é poder, como já afirmavam Francis Bacon (1561-1626), pensador e filósofo inglês, Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, e Imam Ali (599-661), primo e genro do profeta islâmico Maomé. No entanto, eu prefiro dizer que o conhecimento é poder e liberdade!

Por meio do conhecimento, o cidadão passa a valorizar a autoridade do argumento em vez do argumento da autoridade, evitando assim ser facilmente enganado ou manipulado. Em outras palavras, ele é livre para pensar por si mesmo, com conhecimento de causa.

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