O Instituto Rio21 analisou dados do MobiliDADOS, instituição que fornece uma série de dados para a elaboração, monitoramento e avaliação de políticas de mobilidade. A análise verifica informações a respeito da mobilidade da população na cidade do Rio em determinados períodos.
Uma pequena parcela da população carioca está próxima de ciclovias, o que certamente é um incentivo ao uso de transportes motorizados e desestimula o uso de transportes alternativos, como as bicicletas. Note que houve um crescimento nesse percentual entre 2019 e 2021, mas ainda segue muito baixo:
Em 2010, o tempo médio de deslocamento dos cariocas entre a cidade e o trabalho era de 46 minutos, e 25% da população demorava mais de uma hora no trajeto. Uma informação interessante é que o percentual de cariocas que moram próximos da rede de transporte de média e alta capacidade – como barcas, metrôs, BRTs e trens – ainda é baixo, e só passou a alcançar a faixa dos 30% a partir de 2014:
Um dado animador é que a emissão de CO2 por habitante, resultante do uso de combustível, apresentou queda significativa entre 2013 e 2018. Podemos especular que isso se deva a um uso mais consciente dos meios de transporte no contexto da cidade do Rio:
De forma geral, uma parcela pequena da população carioca está próxima dos principais meios de transporte, o que certamente tem influenciado negativamente no tempo de deslocamento entre casa e trabalho. Além disso, uma parcela ainda menor mora próxima a ciclovias, um desestímulo ao uso de transportes alternativos e menos poluentes.
Conforme a matéria publicada na última quarta-feira pelo Diário do Rio, onze linhas de ônibus voltaram a operar na cidade. Essa é uma evidência de que a prefeitura do Rio vem se esforçando na gestão dos transportes públicos, um problema latente no município.
Em breve, o Instituto Rio21 lançará a 4ª edição da pesquisa de avaliação da gestão municipal, de modo que será possível analisar como esses esforços estão sendo avaliados pela população carioca.
OS SERVIÇOS É QUE TÊM DE IR AONDE O POVO ESTÁ !!! Não parece lógico? Se a cidade muda de rumo, os serviços têm de mudar também. Ou as pessoas é que têm de se mudar? Me poupem. Santa ignorância.