Apesar da crise, Centro do Rio registra crescimento e conta com iniciativa empresarial para revitalização

Com uma grande população de rua, a segurança é uma preocupação dos comerciantes Governador afirma que a mancha criminal não é das piores

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Prédio-sede da ACRJ - Foto: Reprodução/Google Maps

Diversas lojas fechadas, e o aumento da população de rua são ainda alguns dos efeitos perversos impostos pela pandemia ao Centro do Rio de Janeiro. Pelas ruas da região é possível ver vários estabelecimentos comerciais com placas de venda e de aluguel.

A empresária Maria Izabel, dona de uma loja de ferramentas que funciona há 50 anos, na Rua Buenos Aires, assistiu aos piores momentos enfrentados pelo comércio da região, com todo o seu dramático esvaziamento.

“Hoje, a gente precisa de incentivo fiscal. A gente passou por uma pandemia, sem demissões. E hoje, está praticamente impossível manter a quantidade de emprego”, disse a empresária à TV Bandeirantes.

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De acordo com dados levantados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Rio de Janeiro foi o segundo Estado brasileiro a ter o maior número de empreendimentos comerciais com as atividades encerradas durante o período pandêmico.

Apesar do evidências ainda sombrias, o Centro do Rio já demonstra um celebrado movimento de recuperação das suas atividades. A tendência foi registrada pela Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis (ABADI), que registrou a ocupação de mais da metade dos espaços comerciais após o período mais crítico da pandemia. A recuperação total do Centro do Rio, no entanto, ainda representa um grande desafio para autoridades públicas e lideranças empresariais e da sociedade civil.

Durante a cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), o presidente da instituição, Josier Vilar, afirmou que criou um conselho para debater a retomada comercial da região.

“Eu vou reunir nesse conselho empresários do Centro da cidade para construir um plano de revitalização do Centro”, afirmou Vilar ao Jornal do Rio.

Presente ao evento, o prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou que procura, junto à Câmara Municipal, mais incentivos aos empresários do Centro da cidade.

“A gente tem uma lei para a aprovar na Câmara, o Reviver Centro 2, que dá mais incentivos ainda. Na Câmara já ocorreu a primeira votação. O presidente Carlo Caiado (PSD) disse que deve retomar a votação em agosto”, explicou o prefeito do Rio ao jornal.

Além de tais problemas, o Centro do Rio ainda enfrenta uma crise de segurança que dificulta ainda mais a retomada de novos negócios. A aumento da população de rua contribui para tornar a região ainda mais insegura, segundo os comerciantes. Mas o governador Cláudio Castro (PL) alegou que os números da violência no Rio não são os piores. Castro, que esteve no evento, destacou que tem investido nas forças policiais do Estado, através de concursos, tecnologia e inteligência.

As informações são do Jornal do Rio, da TV Bandeirantes.

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1 COMENTÁRIO

  1. O maior obstáculo para que uma lojinha se mantenha em funcionamento não é a carga tributária; isso seria fácil de se resolver com reduções fiscais e outros incentivos. O que realmente encarece a atividade dos pequenos lojistas é o valor dos aluguéis/luvas, impeditivos para a maioria dos pequenos comerciantes, e de seus gastos gerais, diretos e indiretos (custo de aquisição de mercadorias, tarifas privatizadas de serviços públicos, juros altos sobre empréstimos). O preço final dos pequenos acaba ficando mais alto do que nos sites de compras ou nas grandes lojas que conseguem negociar com os distribuidores, ou até mesmo direto com os fabricantes, custos mais baixos por comprarem em grandes quantidades. É uma concorrência desleal para os pequenos varejistas. Se não houver uma redução dos valores de aluguéis, das tarifas de água&esgoto, energia elétrica e telecomunicações (mais altas para estabelecimentos comerciais), e das taxas de juros sobre pequenos empréstimos para capital de giro, o pequeno varejista não consegue baixar seus preços. As vendas caem e fica quase impossível manter a loja.

    É curioso como se repete sempre o mesmo mantra: para baixar preços tem que reduzir impostos! Mas reivindicar redução de gastos com o setor privado (aluguéis, tarifas privatizadas, juros para banqueiros) é como cometer crime hediondo; não se pode mexer na receita dos grandes empresários. Mas na receita do Estado pode, né? Que tal uma redução geral de aluguéis e tarifas, especialmente de banqueiros e de grandes capitalistas? Isso significaria uma bela redução do preço final na ponta.

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