Após 2 tentativas de venda, Edifício A Noite recebe proposta de compra de R$ 28,9 milhões

De propriedade da União, a edificação gera um custo anual de R$ 1 milhão com manutenção, mesmo estando inativa

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Edifício do jornal À Noite, que também foi a sede da Rádio Nacional / Wikimedia

Após a terceira tentativa de venda, o Edifício “A noite”, localizado na Praça Mauá, recebeu uma nova proposta de aquisição, nesta sexta-feira (23), cujo deságio de 25%, na modalidade direta, resultou no valor final de R$ 28,9 milhões. Em tal modalidade, o primeiro concorrente que apresentar uma proposta considerada válida leva o imóvel.

A transação do edifício foi lembrada por Eduardo Paes (PSD), nesta sexta-feira, durante o workshop “Como revitalizar e inovar os centros das cidades brasileiras”, promovido pela Aliança-Centro, entidade voltada para o desenvolvimento da região, através da captação de investimentos nos setores público e privado.

Durante o evento, que foi patrocinado pela Sérgio Castro Imóveis, edifício Vista Carioca e GTIS; o prefeito Eduardo Paes chegou a afirmar que se não houvesse comprador para o prédio, a Prefeitura estaria disposta a adquiri-lo.

Somente em 2022, a edificação foi colocada à venda em duas ocasiões na modalidade Proposta de Aquisição de Imóveis, através da qual qualquer pessoa, física ou jurídica, pode apresentar à União suas pretensões de compra. Em 22 de agosto, quando ocorreu a primeira tentativa de venda do imóvel, a sessão foi suspensa por inabilitação de dois licitantes por não apresentação do comprovante do recolhimento da caução.

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A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) terá uma prazo de até 15 dias para fazer a verificação das certidões negativas do licitante que apresentou a proposta de compra, para depois dar continuidade ao processo de venda do edifício.

Em caso de validação dos documentos, o licitante deverá fazer o pagamento do sinal em conformidade com as determinações da SPU para, em seguida, assinar o contrato de promessa de compra e venda e demais atos especificados na Portaria nº 5.343/2022.

Como a edificação foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2013, o novo proprietário terá por obrigação revitalizar a parte protegida do prédio: fachada e elementos arquitetônicos.

De propriedade da União, a edificação gera um custo anual de R$ 1 milhão, mesmo estando inativo. O valor é todo destinado à segurança, manutenção de elevadores, pagamentos de taxas de concessionárias e brigadistas – todas despesas de manutenção.

A comercialização do prédio visa racionalizar o emprego dos recursos da União, promovendo o desenvolvimento da região portuária da cidade.

Primeiro arranha-céu da América Latina, o  edifício “A Noite” foi inaugurado em 1929. No local funcionou o jornal, de mesmo, que acabou por batizá-lo. No edifício também funcionaram a Rádio Nacional, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e consulados.

As informações são do Diário do Porto.

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1 COMENTÁRIO

  1. Agora vai chegar um(a) promotor(a) público(a) aleatório(a) e embargar todo o processo, alegando “entreguismo” dum prédio, muito embora esteja encostado ali há anos, inviável e que só gera custos à coletividade.

    Vender o prédio é URGENTE! Mais vale esse prédio vendido barato mas que vire um prédio comercial ou residencial – assim gerará renda e dará um grande empurrão ao projeto do Porto Maravilha e da revitalização do centro.

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