O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), declarou que começará a cobrar publicamente do governo estadual medidas efetivas de segurança pública. A declaração foi feita após o caos na Zona Norte da cidade na manhã desta quinta-feira (24), que, somado à confusão envolvendo torcedores do Peñarol no Recreio, intensificou o debate sobre a segurança pública na capital. As informações são de
Vítor d’Avila/Tempo Real RJ.

“Vou cobrar publicamente a falta de políticas de segurança. Passarei a fazer essas cobranças sempre de forma pública para que vocês não continuem a desmentir a gente. Essa vergonha expõe o total descontrole de vocês,” afirmou Paes, em uma fala direcionada ao governo estadual.

Críticas ao secretário estadual de segurança

Durante sua declaração, Paes dirigiu críticas ao secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos, recordando um episódio envolvendo o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, chefe da organização criminosa do Complexo de Israel. Segundo o prefeito, Peixão ordenou o fechamento de igrejas católicas em Brás de Pina.

“Há algum tempo, liguei pessoalmente para o senhor e pedi que me acompanhasse em uma igreja em Brás de Pina, onde o Peixão proibiu a realização de uma festa junina. Ninguém apareceu, e tive que ir pessoalmente para garantir que o padre pudesse realizar o evento,” relatou Paes.

Falta de comando no combate à violência

O prefeito enfatizou que suas críticas não são direcionadas às instituições de segurança, como a Polícia Militar e a Polícia Civil, mas sim à falta de comando que, segundo ele, afeta diretamente a eficiência das operações de segurança.

“Minha crítica não é à Polícia Militar ou à Polícia Civil, mas à falta de comando. Essas instituições têm seus problemas, mas quando possuem um comando adequado e clareza da autoridade, sabem cumprir suas missões,” concluiu Paes.