Após invasão hacker, Prefeitura do Rio terá que trocar até 20 mil computadores

A mudança será necessária para atualizar os softwares e garantir a normalização dos serviços afetados pelo ataque cibernético; o município poderá desembolsar mais de R$100 milhões para realizar a troca dos eletrônicos

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CC0 Domínio público - PxHERE

A Prefeitura do Rio será obrigada a trocar quase 20 mil computadores para garantir que novos ataques cibernéticos não aconteçam. A mudança será necessária para atualizar os softwares, e garantir a normalização dos serviços. A defasagem tecnológica ocorre porque os computadores da Prefeitura ainda rodam com o sistema operacional Windows 7, que entrou em linha em 2009 e deixou de ser atualizado pela Microsoft desde janeiro de 2020, inclusive com recursos que poderiam ajudar a evitar a invasão.

A Prefeitura afirma que o custo total da substituição ainda não foi fechado. Mas, na semana passada, chegou um primeiro lote com 1,2 mil computadores adquiridos por cerca de R$ 8 milhões, em um contrato que já havia sido licitado pelo Sistema de Registro de Preços. Por esse tipo de compra, o poder público exige que os fornecedores interessados em participar do edital devem concordar em deixar registrado no sistema o preço oferecido por um determinado período (geralmente um ano).

Usando esse valor como parâmetro, o município poderá ter que desembolsar cerca de R$ 133 milhões.

O secretário municipal de Governo e Integridade Pública, Tony Ferreira de Carvalho Issaac Chalita, informou, ao O Globo, queno início do governo, já havia um plano de atualizar os softwares, mas esse incidente vai acelerar a renovação.

“Em um primeiro momento, trocaremos de cinco mil a seis mil computadores, priorizando os sistemas essenciais, como os que atendem os setores financeiro, de arrecadação, administrativo, pagamento de benefícios sociais e licenciamento”, explica o secretario e ainda disse que o total de itens a serem comprados vai depender de uma avaliação dos modelos existentes. “Pode ser que uma parte deles ainda tenha capacidade operacional para rodar programas mais atualizados”, conclui ao O Globo.

Segundo informações obtidas com exclusividade pelo Diário, alguns órgãos e autarquias do Município que trocaram seus parques de informática no início de 2021 não foram afetados pelo incidente.

O ataque hacker aconteceu no último dia 15 de agosto e, até o momento, o município ainda não identificou de onde partiu a invasão, nem tem evidências de que dados sensíveis, como informações dos contribuintes, tenham sido copiados. O caso é investigado pela polícia.

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7 COMENTÁRIOS

  1. Não seria melhor um contrato de locação de máquinas que pudessem ser substituídas de tempos em tempos e, portanto, sempre o órgão contanto com equipamentos atualizados (hein??)

    A compra de máquinasxnivas envolve grande gasto que de tempos em tempos precisarão serem substituídas por outras novas e as antigas descartadas/doadas/leiloadas.

  2. Maldito corrupto, quem disse que para trocar um software precisa trocar um hardware? É só atualizar a versão do Windows e comprar nova licença. A grande maioria da população é idiota, mas quem tem o mínimo de conhecimento não pode concordar com essa sacanagem. Eu sabia que por trás desse suposto ataque os contribuintes iriam levar fumo…

    • Você não sabe de nada hein!!!

      Sistemas operacionais tem requisitos mínimos exigidos dos computadores para instalação.

      Muitos computadores de órgãos públicos tem 5, 7, 10 anos de uso e contam com processadores e memórias já obsoletas e placa mãe com limite de upgrade.

  3. Boa tarde.

    Estou Estou acompanhando o caso, tomara que encontrem os responsáveis e tenham punição. Esse hackeament atrasa toda estrutura da prefeitura do Rio.

    Adriana Amaral

    • Computador em órgão público não fica abrindo e fechando apenas planilhas, editor de texto e Internet não.

      Não é tão simples assim.
      Além de capacitação de servidores e terceirizados, também outros sistemas e aplicativos que operam somente no Windows causaria limitações.

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