Nesta quinta-feira (21), a Casa Pacheco Leão, um dos prédios históricos mais emblemáticos do Jardim Botânico, reabriu ao público após uma ampla restauração. O espaço passa a abrigar atividades culturais, inauguradas com a exposição “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”, que retrata, de forma imersiva e multissensorial, a história da bebida milenar. A mostra faz parte das celebrações pelos 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China.
Fechada há cerca de oito anos, a Casa Pacheco Leão passou por seis meses de obras de manutenção e restauração, que demandaram um investimento de R$ 2,7 milhões. Os recursos foram obtidos por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da State Grid Brazil Holding e do Banco BOCOM BBM.
“Este projeto celebra os 50 anos de relações entre Brasil e China, conectando as histórias do chá e da cultura dos dois países, e entregando um legado para o Rio de Janeiro.”, Alexandre Lowenkron, presidente-executivo do Banco BOCOM BBM.
O imóvel, que pertenceu ao médico Antônio Pacheco Leão, diretor do Jardim Botânico de 1915 a 1931, recuperou suas cores originais, pinturas artísticas, escadaria e piso. Além disso, foi modernizado com um elevador e banheiros acessíveis. O projeto respeitou as características originais da construção em estilo eclético.
“A entrega da Casa Pacheco Leão totalmente restaurada reforça nosso compromisso com a preservação da história e da cultura do Brasil. Temos orgulho de proporcionar essa experiência aos visitantes do Jardim Botânico”, declarou Sun Tao, chairman da State Grid Brazil Holding.
A restauração foi supervisionada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).“É fascinante ver esse lugar, que preserva tantos detalhes originais, reaberto para o público. Agora, todos poderão explorar o universo de um homem que dedicou sua vida ao estudo e à preservação da flora nacional”, afirmou Patrícia Wanzeller, superintendente do Iphan no Rio de Janeiro.
A mostra “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”, organizada pela Dellarte Soluções Culturais, apresenta a trajetória do chá desde suas origens na China até sua difusão pelo mundo. A curadoria de Alexandre Murucci explora rituais, arte e aspectos sociais associados à bebida.
Com um investimento de R$ 1,4 milhão, a exposição oferece palestras, workshops e apresentações musicais, além de experiências sensoriais e imersivas que abordam o papel do chá na conexão entre culturas e na preservação de tradições. O Jardim Botânico do Rio também é parte dessa história, sendo o primeiro local no Brasil a cultivar a planta do chá (Camellia sinensis), introduzida por chineses trazidos pela Coroa Portuguesa no início do século XIX.
A reabertura da Casa Pacheco Leão fortalece as atrações do corredor cultural do Jardim Botânico, que já abrigou laboratórios e o Núcleo de Educação Ambiental do JBRJ.
“O restauro da Casa Pacheco Leão devolve à sociedade um patrimônio histórico de grande valor. A integração entre ciência botânica, história e cultura traduz a missão do Jardim Botânico: fazer e difundir pesquisas científicas voltadas à conservação da biodiversidade. Além disso, a Casa eleva a experiência de visitação, conectando o público à ciência e à história por meio da planta do chá“,comenta Sergio Besserman Vianna, presidente do Jardim Botânico do Rio.
A Casa Pacheco Leão estará aberta ao público de quinta a terça-feira, das 10h às 17h, com entrada gratuita. Os ingressos podem ser reservados pelo site jbrj.eleventickets.com.