Após ficar quase duas semanas sem luz, a Rocinha teve a sua energia elétrica restabelecida pela Light, nesta terça-feira (21). Segundo empresa, as ligações clandestinas na favela teriam motivado o apagão local.
Em nota, a concessionária afirmou que reforçou as suas equipes para tirar os moradores da escuridão. A Light também destacou que o furto de energia sobrecarrega a rede elétrica local e prejudica os consumidores pagantes.
“A empresa chegou a reforçar as equipes de campo para restabelecer os clientes que ainda estavam sem luz na comunidade, onde o índice de furto de energia é cerca de 84%. As ligações clandestinas sobrecarregam a rede elétrica e, somente na última semana, foram 127 ocorrências na comunidade provocadas pelos ‘gatos’. Neste contexto, as equipes da concessionária vão ao local, restabelecem a energia de clientes que apresentam queixas e, pouco tempo depois, novas quedas de energia ocorrem devido à sobrecarga na rede”, esclareceu a concessionária.
Diante da forte onda de calor que assola a cidade, a Light pediu aos consumidores que consumissem energia elétrica de “forma consciente”, uma vez que as ligações clandestinas queimam os transformadores, que são configurados e instalados para atender aos 14.485 clientes da Light na favela, que conta aproximadamente 70 mil moradores, segundo dados do IBGE de 2022. A companhia ressaltou que o furto de energia prejudica toda a população, além de oferecer riscos à segurança, com incêndios e acidentes.
A Justiça do Rio havia dado como prazo esta segunda-feira (20), para que a Light restabelecesse a luz na Rocinha, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Moradores da Rocinha fecharam a Autoestrada Lagoa-Barra na tarde desta segunda-feira (20). Na quinta-feira passada (16), manifestantes bloquearam os dois sentidos da via com pedaços de madeira e outros objetos, para exigir o restabelecimento da energia elétrica.
Informações: O DIA