Após resistência de grupos conservadores, creperia ‘La Putaria’, em Ipanema, anuncia fechamento da loja

Informação foi veiculada na rede social da marca, que desde o início das suas atividades cariocas funcionou com casa cheia e fila na porta

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Foto: Divulgação/La Putaria

Depois de todo alvoraço causado pela inauguração da sua primeira loja no Rio de Janeiro há quase dois anos, a creperia La Putaria anunciou o encerramento temporário das suas atividades no elegante bairro de Ipanema, na Zona Sul da capital fluminense. Segundo os donos, o problema da casa não passaria por dificuldades financeiras, pois La Putaria seria um sucesso de público, com direito à fila na porta desde o início das suas atividades na cidade. Na verdade, o ousado estabelecimento teria perdido a queda de braço para a turma mais conservadora do badalado bairro carioca.

Assim que foi inaugurada, no dia 27 de abril de 2022, com direito à cobertura do DIÁRIO DO RIO, a loja carioca dividiu opiniões com os seus crepes em formatos de pênis e de vaginas (piroffles e xoxoffles). Moradores contrários ao conteúdo gastronômico da loja acionaram a Justiça, o que acabou gerando um processo de interdição judicial movido pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, ainda no governo de Jair Bolsonaro. Em protesto, os donos do estabelecimento, o austríaco Robert Kramer e a mineira Juliana Lopes, mudaram o letreiro na fachada para “La Censura”. Findo o governo conservador, porém, continuou na mesma.

Ao mercado, Juliana adiantou que a marca passará por uma reposicionamento diante das muitas dificuldades criadas por grupos descontentes com os produtos oferecidos pela da casa; na verdade, o formato deles.

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“A La Putaria passará por um processo de rebranding devido a tudo que passamos no Brasil. Não queremos criar rivalidade política, o nosso caso está relacionado a deputados, vereadores e sindicatos em Ipanema“, comunicou a empresária na conta da loja no Instagram, seguida por 213.000 admiradores.

La Putaria, no entanto, não sairá totalmente de cena. A “padaria mais polêmica do mundo” continuará atendendo às diversas demandas de eventos, como despedidas de solteiras, festas e chás de lingerie. A marca, que foi criada em Portugal, onde o casal proprietário se conheceu, também conta com unidades em São Paulo, Roma (Itália) e Lisboa (Portugal), locais nos quais não enfrentou grandes percalços.

A unidade mineira, que completou dois anos em 13 de janeiro com grande festa, também terá as suas atividades “temporariamente” suspensas. Parece que o pessoal de Ipanema tem influência até em Minas….

Com informações: O Tempo

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7 COMENTÁRIOS

  1. Para esses, muita coisa deve seguir como Tabu.
    Até com as tetas eles se ofendem.
    Não podem ver uma mãe amamentando ou mulher sem biquíni na praia.
    Tem alguns agentes públicos que, na atuação como tais, levam consigo o pessoal. E ao avistarem alguma mulher desavisada na praia ou mesmo transitando num bloco de carnaval, agem para que a cidadã (termo que costuma usar) se enquadre na interpretação das leis que eles mesmos fazem segundo as lentes que tem preconcebida pela religião…

  2. Essa resistência toda conservadora tem nome.
    Vamos dar nomes e identificá-los.
    Os fundamentalistas cristãos e talvez muçulmanos.
    O que senão a religião colocaria tal importância “moral” a um objeto???

  3. Uma coisa é ser diferente, outra é impor presença a partir da estética dos produtos, acessíveis e expostos a públicos de qualquer idade. Pode realmente existir como nicho para atender a quem quiser. Não será uma grande perda.

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