Em uma vistoria realizada pelo Movimento Baía Viva, neste domingo, 23/07, foram encontrados areais ilegais na Reserva Biológica do Tinguá. A inspeção foi realizada entre Nova Iguaçu e Duque de Caxias e contou, também, com agricultores da região.
A Reserva Biológica do Tinguá foi fundada em 1989 e tem status de proteção ambiental internacional, já que em 2003 foi declarada como Patrimônio da Humanidade Reserva da Biosfera pela UNESCO.
A Reserva abrange municípios da Baixada Fluminense, Petrópolis e Miguel Pereira. A Rebio Tinguá abriga recursos hídricos, que contribuem para o sistema de abastecimento de água de comunidades pobres da Baixada.
“A REBIO é, infelizmente, uma das 334 Unidades de Conservação da Natureza em todo o país, que o governo Bolsonaro tem ameaçado reduzir os limites de sua área protegida ou de recategorização. A recategorização da REBIO Tinguá tem por objetivo liberar esta extensa área de 26 mil hectares para os interesses econômicos da especulação imobiliária, extração mineral (areais) entre outras atividades econômicas predatórias e poluidoras que a existência, há 30 anos, da Rebio tem impedido que sejam licenciadas, autorizadas nesta região”, afirma o ecologista Sérgio Ricardo do Movimento Baía Viva que participou no final dos anos 1980 da mobilização pela criação da Rebio Tinguá.
Em Brasília, no último dia 29/05, a Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados teve uma audiência pública para discutir a mudança de categoria da Reserva Biológica do Tinguá para parque nacional. A possibilidade mobilizou ecologistas e ambientalistas, que são contra a alteração. A iniciativa da audiência pública com essa temática foi do Deputado federal Luiz Antônio Teixeira Júnior, o Dr. Luizinho, do PP.