A Arezzo, uma varejista de compras fabricante de sapatos e bolsas, vai entrar no segmento de vestuário com a aquisição da Reserva. A compra foi anunciada ao mercado nesta sexta-feira (23/10) e marca a entrada da companhia neste novo segmento.
Segundo dados da IboVespa, a Arezzo está pagando R$ 715 milhões pela marca. Este valor será pago aos atuais acionistas da Reserva da seguinte maneira: R$ 225 milhões em dinheiro e o restante em ações. Para analistas, o negócio amplia o potencial de crescimento da Arezzo. E sinalizando que esta análise pode estar certa, as ações da Arezzo dispararam e subiram 16% depois da compra.
Após a negociação, a Arezzo passa a deter, além da Reserva e da Reserva Mini, de moda infantil, as marcas INK, EVA, Reserva Go e Oficina Reserva. A marca agora deve passar várias mudanças, pois a Arezzo pretende implantar seu modelo de gestão nas franquias. O perfil do consumidor deve continuar prioritariamente o público das classes A e B, mas deve haver uma expansão de lojas das marcas da Reserva e também da presença das grifes da empresa em canais multimarcas.
A Reserva foi fundada em 2004 pelos empresários Rony Meisler e Fernando Sigal, conta com 78 lojas próprias e 32 franquias, além de estar presente em 1500 multimarcas. Em 2019, o Grupo Reserva faturou 400 milhões de reais. O escritório carioca Pinheiro Guimarães era o responsável pela assessoria da marca.
Até então, a Arezzo atuava com sete marcas. A marca mais recente no portfólio é a americana Vans, já que em outubro do ano passado, a Arezzo passou a ser distribuidora exclusiva de calçados, vestuário e acessórios da marca Vans em todo o território brasileiro. Outras marcas são Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever e Alme. Agora, além de calçados e bolsas, a Arezzo&Co passará a comercializar itens de moda masculina, feminina e infantil, incluindo roupas e acessórios.