O maior site de arquitetura do mundo, ArchDaily, listou 32 arquitetos para que seus mais de 13 milhões de leitores votem em quem deveria ganhar o Prêmio Pritzker 2019 – conhecido como “o Nobel da Arquitetura”. Entre eles está a arquiteta e urbanista Carla Juaçaba.
“A merecida indicação nos orgulha por mostrar a projeção cada vez maior dos jovens talentos brasileiros da Arquitetura e Urbanismo no exterior. E vem em momento oportuno, logo após a consagração do Rio de Janeiro, pela UNESCO, como Capital Mundial da Arquitetura em 2020, em paralelo ao 27o. Congresso Mundial de Arquitetura promovido pela União Internacional dos Arquitetos”, opina o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Luciano Guimarães.
Entre os projetos de maior sucesso de Carla Juaçaba está o Pavilhão da Humanidade, que abrigou a Rio+20, em 2012. A estrutura da construção foi baseada em materiais acessíveis e reutilizáveis, preocupação que é levada em consideração nos demais trabalhos da arquiteta.
Juaçaba foi a primeira vencedora do “ArcVision – Women and Architecture”, premiação internacional que reconhece arquitetas que atuam em prol da inovação ambiental. A arquiteta também foi indicada ao “Prêmio Mies Crown Hall Americas 2018”, com a obra Casa de Santa Teresa, no Rio de Janeiro.
Em 2018, Carla Juaçaba ganhou o “AR Emerging Architecture Awards 2018”, prêmio da revista inglesa “Architectural Review”, que reconhece os jovens profissionais da arquitetura. O escritório Carla Juaçaba Studio também foi mencionado na lista dos melhores escritórios de arquitetura do mundo, idealizada pelo ArchDaily em 2018.
Na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2018, a primeira com a participação do Vaticano, um grupo de dez profissionais foi convidado para projetar capelas. Juaçaba foi a única brasileira a compor a lista, com a capela do Pavilhão da Santa Sé.
A escolha do Prêmio Pritzker 2019 deverá ser anunciado em março. Ele é concedido anualmente ao arquiteto, ainda em vida, que cumpra os princípios de solidez, beleza e funcionalidade. Na cerimônia, que costuma acontecer em maio, o homenageado recebe US$ 100.000 e um medalhão de bronze.
Desde a criação do prêmio, em 1979, apenas dois brasileiros foram homenageados: Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha.