O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), uma das instituições responsáveis pela preservação da memória histórica do estado, enfrenta uma crise inesperada. Localizado na Praia de Botafogo, em frente ao Mourisco, o prédio que já serviu como garagem de bondes no início do século XX e é atual sede do Arquivo Público, infelizmente, teve suas portas fechadas por tempo indeterminado devido ao risco iminente de incêndio e condições estruturais degradantes. O espaço possui mais de 38 mil peças históricas.
A construção histórica, com sua fachada de pedras e grandes janelas, é um dos poucos casarões antigos que restaram na orla do bairro. No início do século XX, o imóvel abrigou uma estação conversora de energia, além de ter sido utilizado como garagem provisória e escritório central dos Bondes da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico (CFCJB). Em 1960, o prédio foi entregue ao Estado da Guanabara, junto a outros imóveis da Zona Sul pertencentes à CFCJB, após a nacionalização dos serviços de transporte urbano.
Condições do Prédio
O APERJ, com mais de 93 anos de história, se dedica à conservação de documentos que datam desde o século XVIII até os dias atuais. Em 2023, a instituição passou por um processo de restauração que envolveu a instalação de drywall, impermeabilização, pintura, polimento em gratina, além de modernizações necessárias para garantir a preservação dos arquivos. Também foi realizada uma revitalização na fachada do edifício.
No entanto, o que se tornou incompreensível para a comunidade acadêmica, e claro, para os cidadãos foi o fechamento repentino do prédio. Em um comunicado oficial, o Governo do Estado explicou que o prédio sofre com um sistema elétrico obsoleto e que, além disso, não possui alvará de funcionamento emitido pelo Corpo de Bombeiros. Tais condições expõem funcionários, colaboradores e pesquisadores a sérios riscos.
O Professor Doutor Victor Travancas, diretor da instituição, destacou que, apesar das dificuldades, a equipe do Arquivo Público já está trabalhando para viabilizar as reformas necessárias. Ele afirmou que, em breve, a APERJ retornará às suas atividades.
A direção do APERJ também informou que todas as irregularidades encontradas serão encaminhadas ao Ministério Público e à Justiça, para que as responsabilidades sejam apuradas e as medidas cabíveis sejam tomadas.
Sou vizinho do prédio do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), há mais de 40 anos, e noto que as obras de “restauração” que fizeram (fingiram fazer) neste prédio são PESSIMAMENTE executadas: inclusive tiraram/ROUBARAM as duas luminárias originais que ficavam na fachada do prédio: liguei para a Direção do APERJ e falei do fato ocorrido e de forma debochada me disseram QUE NÃO HAVIA NENHUMA LUMINÁRIA NA FACHADA DO PRÉDIO. Logo, será levaram pra a casa ou sítio de alguém???!. Fato é que ficaram lá os dois BURACOS das bases/encaixes das luminárias na fachada do prédio – QUALQUER PESSOA PODE IR E VER O QUE ESTOU FALANDO: FICARAM OS DOIS BURACOS LADEANDO O PÓRTICO CENTRAL DO PRÉDIO: as luminárias JÁ ERAM, a empresa que fez a “restauração” tirou e alguém LEVOU PRA CASA!. É lamentável o que estes incompetentes estão fazendo com o patrimônio arquitetônico e artístico de nossa cidade!.