Os ataques contra o patrimônio cultural e histórico do Rio de Janeiro não respeitam sequer os mortos e suas famílias. O Cemitério São Batista, em Botafogo, na Zona Sul, um dos mais famosos da cidade, tem tido muitos dos seus túmulos depredados para o furto de materiais comercializáveis por moradores de rua e usuários de drogas, que os vendem nos ferros-velhos espalhados pela cidade.
Os alvos da vez são os “medalhões” dos túmulos que, muitas vezes, contêm informações sobre os mortos. De acordo com a página S.O.S. Patrimônio tais furtos atingem diversos túmulos do cemitério. Em um passeio pelo local é possível ver que os objetos foram arrancados de forma recente, uma vez que existem massa e cimento caindo dos jazigos.
A página documentou a depredação da arte tumular do Rio de Janeiro com fotos tiradas também nas proximidades das aleias principais e no “caminho dos seguranças da Rio Pax”, a menos de 50 metros do portão principal. O que evidencia que a situação no interior do cemitério tende a ser bem pior.
Segundo a página S.O.S. Patrimônio, o descaso com segurança dos túmulos, bem como o arrojo e a desfaçatez dos criminosos vitimaram, até mesmo, os portões de mausoléus como o do Barão do Paraná, que foram inescrupulosamente arrancados, sem que ninguém tivesse visto nada.
Além de um grande desrespeito aos mortos e aos seus familiares, o saque dos jazigos e mausoléus atentam contra a arte tumular da cidade, que é uma das mais belas do país.
As informações e as imagens são da página S.O.S. Patrimônio.