A palavra pelego surgiu no período varguista e descreve aqueles que, embora tenham a obrigação de defender os interesses da categoria que supostamente representam, preferem atuar única e exclusivamente obedecendo às diretrizes e à comodidade dos governantes que os financiam. Sem dúvida alguma este adjetivo se aplica atualmente aos que se intitulam como líderes sindicais, sociais e estudantis mas, ao invés de defenderem de verdade a sua categoria profissional, o seu grupo social ou o seu movimento estudantil, simplesmente obedecem aquilo que for ditado pelo Partido dos Trabalhadores.
Dessa vez os pelegos foram ainda mais longe: Convocaram uma manifestação para defender corruptos. O conceito de certo e errado, de ético e antiético, de honesto e desonesto não existe mais. Só existem as ordens dadas pelo PT, que, com a senha do cofre governamental nas mãos, financia o conforto dos dirigentes sindicais, sociais e estudantis. Essas afirmações são comprovadas quando descobrimos, por exemplo,que mais de trezentos ônibus levarão hoje, para a Avenida Paulista em São Paulo, pessoas dispostas a dizer que a população não tem o direito de pedir a punição e a saída do poder de um grupo que assalta o erário. Quem pagará por esses ônibus? É triste ter a quase certeza de que o dinheiro dos nossos próprios impostos resolverá as despesas daqueles que vão às ruas para dizer, autoritariamente, que nós não podemos ir às ruas. O fato de a manifestação ter sido marcada para uma quinta-feira, um dia de trabalho, apenas reforça o entendimento de que estes “líderes, dirigentes e representantes” não produzem absolutamente nada e só “lideram” aqueles que estão pensando com o bolso.
O que nos resta de alívio diante desta situação é perceber que, independente da atuação destes “manifestantes interessados”, é irreversível o desgaste político de figuras como a Presidente Dilma Rousseff e o ex-Presidente Lula, assim como o consequente enfraquecimento do PT. A população abriu os olhos e não acredita mais nas desculpas esfarrapadas de uma mandatária que enganou a todos durante a campanha eleitoral, não consegue articular duas frases, pensa que entende de economia e promete investir na educação para depois cortar verbas da área no dia seguinte e de um ex-mandatário que dizia ser humilde e igual ao povão, mas faturou 27 milhões de reais concedendo duvidosas palestras, teve reformas em seu sítio pagas por empreiteiras favorecidas por seu partido e tenta covardemente se desconectar da imagem de um governo onde muitos ministros são seus fantoches.
A queda do PT já se demonstra na enorme perda de filiados, na migração de lideranças importantes para outros partidos e nos resultados das pesquisas de opinião. Quanto mais as investigações da Operação Lava-Jato se aproximarem de Dilma Rousseff e, principalmente, de Luiz Inácio Lula da Silva, que comprovadamente conversa ao telefone com empresários para saber detalhes dos desdobramentos das denúncias que podem chegar até ele, mais acentuada será a decadência do Partido dos Trabalhadores, para o bem do Brasil e o desespero dos pelegos.
