Uma loja de madeira na Praça da República, no Centro do Rio de Janeiro, foi alvo de um roubo inusitado. O assaltante, capturado pelas câmeras de segurança do local, recorreu a um lençol para ocultar sua identidade durante o crime. De acordo com o proprietário da loja, o estabelecimento foi alvo de pelo menos três invasões durante o fim de semana pelo “fantasma”, resultando em um prejuízo estimado em até R$ 30 mil.
Os incidentes ocorreram no domingo (5) pela manhã e na madrugada de segunda-feira (6), quando o estabelecimento estava fechado. O ladrão danificou a parede lateral da loja para invadir o imóvel, entrando durante a manhã, à tarde e por volta de meia-noite do domingo. O homem levou computadores, eletrônicos, celulares e até mesmo ferragens de alto custo.
“Normalmente, aqui no Centro do Rio, estamos aqui há 36 anos, não temos segurança. Estamos aqui na El Dragon desde 85. (…) Já estamos acostumados com episódios parecidos de invasão e roubos. Mas esse nos surpreendeu”, expõe o dono da loja Julio Agra Gomes ao Jornal O Dia.
Nas imagens, o bandido aparece rastejando, coberto por um lençol e utilizando uma lanterna para se orientar.
O empresário explicou ao jornal que a entrada do criminoso foi facilitada pela situação do imóvel vizinho, que desabou meses atrás. A fachada desse prédio, considerado patrimônio histórico, permanece aberta, o que indica que o homem aproveitou os escombros do desabamento. Como consequência do roubo, a loja ficou impossibilitada de emitir nota fiscal por três dias, acarretando mais prejuízos.
“Eles não resolvem o que fazer com esse casarão. Fica um empurra-empurra, porque o prédio é histórico. Então as coisas vão sendo empurradas para a frente e não adianta. Não tem mais como ficar aqui. Falei com o dono do imóvel”, explica Julio ao O Dia.
A Delegacia da Mem de Sá (5ª DP) investiga o caso. Procurada, a PM afirmou que patrulha constantemente a região com viaturas e motos. As imagens das câmeras de segurança do local e de outros imóveis serão analisadas pelos investigadores.
Para o empresário, a situação tem que ser resolvida, do contrário vai se repetir. “O prejuízo ficou comigo. Estou em risco porque pode acontecer mais coisa. Eles fazem buraco, quebram a parede e pode acontecer a mesma coisa”, finalizou.
A lei do talião logo resolveria esses problemas de criminalidade contra o patrimônio.
Roubou, perdeu uma mão.
Assim pensará muito para não ficar sem a outra.