O edifício que sedia a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), localizado no número 9 da Rua da Candelária, região central da capital fluminense, está à venda por R$ 40 milhões. A informação é da jornalista Lu Lacerda. O edifício, construído em estilo Art Déco, fica junto à Avenida Presidente Vargas e seu luxuoso lobby com pé-direito triplo chama a atenção, assim como os vidros curvados de sua cobertura, que sediou badalado restaurante por muitas décadas.
Segundo a jornalista, porém, tal decisão ainda precisa passar por aprovação da assembleia-geral da instituição, e a ideia encontra forte rejeição de algumas correntes internas. Normalmente, a entidade obtinha renda com aluguéis das salas do imenso edificio; porém, não só por não ter se modernizado como também pela decadência do Centro, seriam poucos os escritórios que estariam auferindo renda no momento.
Alguns membros acham que negociar o imóvel seria arruinar o patrimônio da associação; outros, por sua vez, consideram baixo o valor para um prédio de 14 andares. Todavia, o DIÁRIO consultou especialistas. A Sergio Castro Imóveis, segundo sua superintendente de vendas Lucy Dobbin, avalia o imóvel em cerca de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) por metro quadrado construído: ”Apesar da arquitetura premiada, o prédio precisa de retrofit total e modernização; sabe-se que os residenciais que têm sido vendidos na região, mesmo levando em conta as obras, não têm ultrapassado os 9.000 reais por metro”, explica. Segundo engenheiros, um trabalho de retrofit tem custado torno de R$ 4.000 por metro quadrado.
Vale ressaltar que a despesa mensal que a ACRJ teria com o edifício seria de cerca de R$ 60 mil e, para manter as contas em dia, ações do Banco do Brasil, reserva técnica da ACRJ, por exemplo, já foram vendidas. A entidade estaria mesmo precisando de capital.
Enquanto o assunto não é oficializado, já surgem possíveis interessados em adquirir o imóvel, como, por exemplo, seria o caso da Confederação Nacional do Comércio. LP
O edifício Francisco Serrador, totalmente retrofitado e com o que há de mais moderno num edifício de escritórios, está à venda por pouco mais de R$8.000 por cada metro quadrado. Mas não precisa de obra alguma: ”é entrar e habitar, sem contar a vista desimpedida de 270 graus, que é a mais espetacular do Brasil”, diz Lucy. Sua empresa tem exclusividade de venda do prédio que sediou o Império X, de Eike Batista. Dobbin explica que na Rua Sacadura Cabral 103, tem um edifício Art Déco à venda, de esquina e com vista, por menos de R$ 2.000 por metro quadrado: ”o valor atual para prédios que precisam de modernização tem sido este”.
Chamado de “Palácio do Comércio”, o belo prédio da Rua da Candelária chama a atenção de quem passa pelo local. Utilizado em muitas filmagens e fotografias, o palácio foi construído na primeira metade do século XX e lembra célebres construções estrangeiras da época. Sua fachada é de uma extrema beleza, adornada com temas mitológicos que evocam a atividade do comércio desde a antiguidade, bem em linha com o estilo Art Déco.
“Já no hall de entrada nos deparamos com o monumental tríptico de Alberto Freyhoffer, painel em relevo, em pedra de Caen, representando as riquezas produzidas em nosso país, tanto quanto a atividade comercial, tudo em torno de Mercúrio, o majestoso patrono helênico do Comércio, que aparece novamente noutro painel do mesmo autor, já no terraço, dessa vez ladeado por ninfas, a da esquerda se apoiando no próprio palácio e a da direita levando café, até hoje na nossa representação heráldica”, diz o site da Associação.
Assim também são o seu lobby e os salões interiores que possuem alto-relevos tal como nos grandiosos prédios antigos. Um tributo à arquitetura, com diversas histórias para contar, o Palácio do Comércio, além de joia da arquitetura carioca, é um dos prédios mais belos do centro do Rio de Janeiro.
O problema dos prédios comerciais é a conta de água que é feita pela cota mínima que de mínima não tem nada e não pela água consumida. A conta é sempre um absurdo. Até quando isto?
Efeito do home office. A economia do Rio de Janeiro ta indo pro buraco. Voce anda por putros bairros, como Vila Isabel, Tijuca e Zona Norte, parecem filme de terror. Comercio todo fechado, placas de vende-se e aluga-se pra todo lado. O proprio setor publico já deveria ter feito sua parte e colocado todos pra voltar a trabalharbem seus escritorios, mas acabaram oficializando essa improdutividade. Continuem fingindo que trabalham de casa. Vamos ver aonde vai acabar essa festa.