No próximo dia 12/05, uma audiência pública, pedida pelos procuradores da República Sergio Gardenghi Suiama e Jaime Mitropoulos, será realizada para cobrar das autoridades competentes que as ações de conservação do Cais do Valongo sejam postas em prática de forma efetiva e constante.
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Além do Cais do Valongo, seu entorno também será tema da discussão. O restauro do Galpão Docas Pedro II, onde será implantado o Centro de Interpretação do Cais do Valongo, estará em pauta na audiência.
Há cerca de duas semanas, o Cais do Valongo ficou inundado. De acordo com informações da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), a causa foi um problema com a alimentação elétrica nas bombas que drenam a água. Em outros momentos, como em julho de 2020, o Cais também passou por alagamentos.
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O Cais foi descoberto em 2011, durante realizadas de obras de revitalização da Zona Portuária e está na lista de 21 bens culturais e naturais que são patrimônio mundial no Brasil, como o Centro Histórico de Olinda, em Pernambuco, a cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, e o Plano Piloto de Brasília.
O local é considerado por historiadores como a principal porta de entrada dos escravos no continente para depois serem vendidos nos mercados.
O monumento integra a lista dos 11 sítios considerados sensíveis, que remetem a episódios traumáticos e dolorosos da história, como Hiroshima, no Japão, Auschwitz, na Polônia, e Robben Island, na África do Sul, onde Nelson Mandela ficou preso.