Aumento médio do aluguel no Rio foi de 8,96% em 2022

Diversos bairros da Zona Sul, porém, tiveram aumento bem acima dessa média, com destaque para Ipanema, que cresceu 65,31% no ano e hoje custa em média R$ 117,12 por m²

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Cruzamento da Rua Visconde de Pirajá com Farme de Amoedo • Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

Estudo de inteligência imobiliária feito pela administradora APSA, que analisa anúncios de imóveis residenciais para locação em 17 bairros do Rio de Janeiro, mostra que no ano de 2022, o aumento médio do aluguel foi de 8,96%, chegando ao valor médio de R$ 38,05 por metro quadrado na cidade.

Diversos bairros da Zona Sul, porém, tiveram aumento bastante acima dessa média, com destaque para Ipanema, que cresceu 65,31% no ano e hoje custa R$ 117,12 o m². No bairro, o aluguel de um imóvel de 100 m² tem sido anunciado, em média, por R$ 11.712,00.

O Leblon também teve alta procura e menor oferta de imóveis e com isso, os anúncios de aluguéis trazem valores maiores em 44,72%, na faixa de R$ 103,24 por m². Em seguida, a maior valorização foi no Flamengo, de 42,21%, atingindo a média de R$ 51,45 por m². Copacabana também ficou bem acima da média da cidade e no bairro os valores de aluguel cresceram em 28,58%, alcançando 48,46 por m².

O Leme subiu 24,05%, e atingiu R$ 49,98/m².  O Catete cresceu 20,32% e hoje custa em média R$ 43,70 /m². Já Botafogo teve aumento de 13,63%, com valores médios em R$ 46,77/m² e Laranjeiras cresceu 6,93%, ficando em R$ 36,40/m².

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A Barra da Tijuca também foi muito procurada e atingiu R$ 61,31/m², um crescimento de 21% no ano. Vale ressaltar que antes da pandemia o metro quadrado na Barra era de R$ 35,89 – um aumento em torno de 70%. O Recreio também teve uma escalada de 50% nesse período de quase 3 anos, indo de R$ 23,10/m² para R$ 34,70. Mas em 2022, os preços cresceram apenas 3,2%.

Com esses valores, em dezembro de 2022, o ranking do custo do metro quadrado mais alto na cidade traz Ipanema na liderança, seguido do Leblon, e na sequência estão: Barra da Tijuca, Flamengo, Leme, Copacabana, Botafogo, Catete, Laranjeiras, Recreio, Centro, Tijuca, Maracanã, Grajaú, Vila Isabel, Rio Comprido e Méier.

Os números também refletem outro dado importante: a taxa de vacância, ou seja, a quantidade de imóveis residenciais vazios disponíveis para alugar na cidade atingiu o menor patamar do ano, chegando a 8% do total de imóveis voltados à locação, em média. Essa taxa é 54% menor que a de dezembro de 2021, quando era de 17,7%. A taxa ideal fica entre 8 a 10%.

O percentual de 8% é por conta de regiões como o Centro e da Zona Norte, que continuam com vacância entre 12,5% e 16,7%. Na Zona Sul, o estoque de imóveis disponíveis está bem pequeno, com vacância média de 3,7% Está bem difícil para o inquilino encontrar imóveis de qualidade para alugar. O que temos mais em estoque hoje são imóveis sem reforma, mais antigos. Um bom imóvel em bairros de maior procura tem sido locado na metade do tempo que levava em 2021, ou seja, entre 15 dias a dois meses”, destaca o gerente de imóveis da APSA, Flávio Olimpio.

Ainda segundo o gerente, o mercado de imóveis residenciais para locação no Rio de Janeiro seguiu esse crescimento nos bairros cuja população tem maior poder aquisitivo por conta das mudanças ocorridas na pandemia. “Muitas pessoas ficaram no home office e precisaram morar em imóveis maiores. Mas além disso, o impacto nos preços também reflete o aumento dos juros que levou muitas famílias a adiarem a compra da casa própria financiada e a manterem o pagamento de aluguel na moradia”, explica Flávio.

Para 2023, Olímpio acredita numa estabilização dos valores de aluguéis.  “Na pandemia, várias incorporadoras lançaram novos empreendimentos na planta e ao longo do ano, muitos estão previstos para serem entregues em 2023. Com um aumento da oferta, os preços podem melhorar. Lembrando que os novos imóveis têm um ticket médio maior pela localização e melhor infraestrutura oferecida dentro do condomínio“.

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