Fracasso
O PL da Força de Segurança Municipal, que estava sendo capitaneado pelo “Primeiro-Ministro” e prefeito de jure Eduardo Cavaliere, parece caminhar para um completo fracasso. Essa seria sua primeira demonstração de força política e, bom, olha no que deu.
Fracasso II
Cavaliere iniciou as conversas com a Câmara, mas, na reunião fechada com os vereadores, realizada ontem (terça-feira), não deu o ar da graça. Hoje, na audiência pública, tampouco. A Prefeitura enviou Thiago Dias e Leandro Matiel, chefe de gabinete de Paes e chefe da Casa Civil, respectivamente. E Cavaliere? Bom, ficou dentro do CASS, longe do caos.
Fracasso III
O vereador Rogério Amorim questionou a ausência do secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale:
“O prefeito acha que ele é incompetente para opinar sobre o assunto, ou ele não concorda com o projeto e está sendo deixado de lado?”
Fracasso IV
Tudo isso só mostra que a Câmara nunca esteve tão hostil com Eduardo Paes, acostumado a ter seus projetos aprovados quase a toque de caixa. Paes está tratando a Câmara a pão e água e, bom, agora a conta chegou.
Fracasso V
Além disso, também mostra que Cavaliere não está tão bem-quisto assim e preferiu jogar seus aliados aos leões a se queimar (ainda mais) no plenário do Palácio Pedro Ernesto.
Sucesso
Quem conquistou a audiência foi a vereadora fashionista Talita Galhardo, que lutou por uma vaga na Comissão de Segurança Pública.
Sucesso II
Ela tirou o salto alto — literalmente —, subiu no carro de som da manifestação e, com um discurso sobre empatia, operação e toque feminino, conquistou quem está contra o projeto.
Erro
Por falar em Talita e Rogério Amorim, a liderança de Eduardo Paes na Câmara demonstrou falta de visão ao permitir que os dois permanecessem na Comissão de Segurança, que decide um dos temas mais sensíveis para o prefeito.
Polêmica católica
Frei Gilson, o religioso católico que virou pivô de uma batalha política entre a direita e a esquerda nas redes sociais, pode ser agraciado com a Medalha Tiradentes — a maior honraria do Legislativo fluminense — e seu respectivo diploma.
Polêmica católica II
A iniciativa partiu do deputado estadual Thiago Gagliasso, que protocolou um Projeto de Resolução nesta terça-feira (18), na Alerj, com essa finalidade.
Demonstração de força ou assinatura de fachada para atender interesse de outros? Se o “frontman” do projeto não aparece e vem a Casa Civil da Prefeitura, talvez indique quem tem interesse real nesse caso da Guarda armada. São Paulo já está bem avançado apenas com a autorização do STF, mas o real interesse é a gravação de verba orçamentária como ocorre com Saúde e Educação. Ai fica uns 110% pra custeio e tome mais imposto pra cobrir. É como condomínio, se você quer portaria bonita, porteiro 24/7 e elevador funcionando, a cota tem que ser alta. Estado público é a mesma coisa.