Ausência de secretários locais para falar sobre tragédia das chuvas leva Alerj a transferir para Petrópolis comissão que acompanha o caso

Deputado Rodrigo Amorim, bastante incomodado com a situação, afirmou ainda que haverá uma viatura da Polícia Civil para realizar condução coercitiva em caso de não comparecimento

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Rodrigo Amorim em atuação na Alerj - Foto: Divulgação

Na segunda audiência da Comissão para Acompanhamento dos Desdobramentos da Tragédia de Petrópolis, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro que foi devastada por um temporal de grandes proporções em meados de fevereiro, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) manifestou irritação com a ausência dos secretários municipais locais, previamente convidados, e com, segundo ele, a ”total falta de respostas aos requerimentos feitos pelos parlamentares”.

Corroborando com Amorim, autoridades estaduais também reclamaram da falta de comunicação dos gestores municipais da Cidade Imperial. A ausência de colaboração com a comissão, inclusive, levou Rodrigo a marcar a próxima audiência para a Câmara Municipal de Petrópolis.

”O prefeito veio aqui hoje – apesar de termos na verdade convidado o vice – e disse que os secretários não têm comparecido por estarem com muita demanda. Então iremos até a cidade para obter respostas. O que não podemos é permitir que este parlamento seja ignorado pelos secretários”, disse Amorim antes de complementar.

”Teremos uma viatura da Polícia Civil para realizarmos condução coercitiva em caso de não comparecimento”, afirmou.

Os deputados ainda pretendem percorrer vários pontos da cidade que foram utilizados para recolhimento e estocagem das doações feitas para a população petropolitana. O ex-secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Matheus Quintal, confirmou que o Governo Federal havia destinado R$ 470 mil para comprar cestas básicas – e as mesmas ficaram estocadas sem que chegassem a nenhum desabrigado.

Outra questão que está sendo analisada pela comissão é o fato de ainda haver mais de mil desabrigados e, passados dois meses da tragédia, haver famílias simplesmente retornando aos locais interditados pela Defesa Civil estadual.

”Ouvimos aqui diversos representantes da população que relataram o mesmo problema: as doações chegaram a Petrópolis mas se perderam no meio do caminho. A comissão vai decifrar esse mistério. E sobre todos os outros assuntos, o fato é que a Prefeitura petropolitana não responde ao Parlamento, não responde à Defensoria e não responde ao Governo do Estado”, conclui Amorim.

A audiência na sala de comissões da Câmara de Vereadores de Petrópolis será no próximo dia 25/04, às 11h. A Casa fica localizada no número 89 da Praça Visconde de Mauá, na região central da cidade.

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