Por conta das já anunciadas restrições no Aeroporto Santos Dumont, a companhia aérea Azul decidiu pela suspensão de voos diretos do Rio para sete cidades. A partir de 1º de outubro, a empresa deixará de oferecer voos para Brasília (DF), Campos de Goytacazes (RJ), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Seguro (BA) e Vitória (ES); a partir de 29 de outubro, deixará de voar direto para Goiânia (GO).
As diminuição na oferta de voos a partir do mês que vem têm a ver com a limitação da capacidade do terminal central do Rio a um fluxo de 10 milhões de passageiros ao ano, determinada pela Secretária de Aviação Civil (SAC), e não com a restrição à operação de voos para destinos a um raio de 400 quilômetros, alinhada posteriormente.
A redução de destinos, selada em reunião durante uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio, deverá começar a valer a partir de janeiro de 2024. O objetivo de incentivar um aumento do fluxo no Aeroporto do Galeão, na Zona Norte da cidade, defendido pela prefeitura e pelo governo do Estado do Rio.
A limitação da capacidade se deve ao fato de que o Santos Dumont opera próximo ao limite. No ano passado, 10,178 milhões de passageiros passaram pelo terminal, considerando as operações regionais. Sem a determinação da SAC, vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, o terminal poderia fechar 2023 com cerca de 12 milhões de passageiros, conforme técnicos do governo federal.
O que diz a Azul
A Azul informou que “devido às restrições de capacidade operacional impostas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, se viu obrigada a fazer mudanças na operação de voos diretos na cidade”.
Ainda de acordo com companhia aérea, “os clientes com passagens adquiridas para as rotas suspensas estão sendo informados e receberão toda a assistência necessária, de acordo com a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo reacomodados em outros voos da empresa ou terão o ressarcimento integral do valor pago pelo bilhete”.
“Por fim, a Azul destaca que como empresa competitiva e atenta ao mercado que é, está sempre em busca de oferecer a melhor experiência de viagem aérea no Brasil”, afirma nota divulgada pela empresa.
A questão é que temos um aeroporto gigante subutilizado e um pequeno aeroporto funcionando estrangulado. O fato é que a Azul não quer deixar de alimentar seus hubs e ter voos diretos de outras capitais para o Galeão vai obrigá-la a ter base por lá. Quando o destino é o SDU, automaticamente vc empurra o passageiro a embarcar para uma etapa internacional em SP, BSB, CNF ou mesmo em REC. Pampulha foi fechada pra beneficiar CNF e não houve esse clamor por aeroporto central.
O motivo é que o custo para empresa operar no galeão é mais alto, sim a empresa quer lucrar mais sempre. Dane-se se para o passageiro é melhor ou pior.
O combustível de aviação, em GIG, tem ICMS de 7%, enquanto, em SDU, é de 13%. O combustível representa boa parte dos gastos de uma empresa aérea. Portanto, não se justifica a atitude da Azul. Há alguma outra coisa por detrás da simples “manha” da Azul.
Você diz que o custo para uma empresa operar em GIG é mais alto do que em SDU. Você tem número que comprovem isso? Porque, em GIG, as empresas podem pagar ICMS sobre o combustível de aviação de 7%, de acordo com o programa de redução de ICMS do governo federal, enquanto, em SDU, elas têm de pagar ICMS de 13%. E boa parte dos gastos das empresas de aviação é com o querosene de aviação. Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. Há muita coisa por detrás dessas decisões da Azul que não estamos sabendo.
Ninguém quer descer naquele buraco sem segurança e feio como o Galeão. Melhorem o entorno e a segurança que dá certo. Rios fedidos, perigos de tiroteios, alto custo de taxi e Uber…aquele aeroporto é um lixo
Vai descer sim e acabou.. Se não quiser vá para outro lugar.
Felipe, já viu o resultado? Cortes reais nas ofertas de voos. Isso significa menos assentos disponíveis e consequentemente aumento no valor das passagens. Quem vai para outro lugar? Quem pode. Então cabe uma reflexão um pouco mais ampla.
Saia daqui, Paulista! Quem manda no Rio são os cariocas