“Bailão” Funk de 3 dias quebra a quarentena no Morro do Castro, em Niterói

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O Morro do Castro fica na divida entre os municípios de São Gonçalo e Niterói, e está sob a "autoridade" do Comando Vermelho. (Foto: O São Gonçalo)

Tem sido um problema conscientizar parte da população da necessidade de afastamento social para evitar a propagação do novo coronavírus. Um verdadeiro desafio para as autoridades constituídas, e….até para as autoridades do poder paralelo representado pelas facções criminosas, no caso de Niterói, região metropolitana do Rio e antiga capital do Estado.

Nem o Comando Vermelho foi capaz de reverter a iniciativa “empreendedora” dos organizadores e promotores de um grande baile funk ao ar livre, que está sendo realizado no Morro do Castro, em Tenente Jardim, bem na divisa das cidades de São Gonçalo e Niterói. Contrariando até as normas divulgadas pela supostamente temida organização criminosa que determinou uma expressa proibição de todo tipo de eventos nas favelas gonçalenses, o verdadeiro festival ‘proibidão’ está ‘comendo solto’, tendo se iniciado em plena noite desta sexta-feira santa (2/4) naquele local. Isso mesmo. Iniciado, pois a festa bufa vai durar até o domingo de páscoa, noite após noite.

Setores de inteligência da polícia militar estão buscando mais informações e tentando identificar quem seriam os responsáveis pelo evento ilegal. Eles montaram um grande palco, cercado de equipamentos de som de alta potência numa das entradas da favela para receber os “artistas” convidados, que seriam DJ’s oriundos de diferentes regiões das duas cidades. Não conseguimos até o momento levantar o nome das atrações que participam do temerário evento. As autoridades não informaram se irão buscar responsabilizar também os “artistas”.

Enquanto quarentenas e “lockdowns” punem e sufocam o comércio e os eventos formais, com vários de seus principais atores estando à beira da falência, eventos informais e ilegais como este e toda espécie de comércio informal seguem normalmente, ao arrepio da lei e dos governantes do Rio de Janeiro“, disse ao Diário do Rio um importante empresário do ramo de restaurantes que preferiu não se identificar. E completa: “se essa gente não obedece ao Comando Vermelho, não vai ser ao Grael ou ao Paes que vão obedecer“.

O empresário fez referência à ‘proibição’ de eventos pela facção ‘Comando Vermelho‘, por conta da terceira onda da covid-19, que chegou a ameaçar claramente os infratores. Após vários prefeitos anunciarem o fechamento emergencial de 10 dias com a intenção de combater a Covid-19,  na maioria dos casos entre os dias 26 de março e 04 de abril, os traficantes de drogas que controlam as favelas da região decidiram fazer o mesmo e impor as mesmas regras nas favelas por eles controladas. Segundo o jornal “O São Gonçalo”, o aviso foi publicado em uma página do ‘Baile da Linha’: “Todos os bailes de comunidade vai (sic) parar 10 dias por ordem do CV (Comando Vermelho), vamos respeitar o papo”. 

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