O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, participaram, nesta quinta-feira (19/10), da abertura do estande de vendas do residencial Cores de Fátima, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 55, no bairro de Fátima. O residencial é o primeiro a ser licenciado dentro do Plano Reviver Centro 2, legislação que amplia o conjunto de incentivos à construção de moradias no Centro do Rio estabelecido pelo poder público no ano passado. Estiveram também presentes a Secretária do Meio Ambiente Tainá de Paula, o superintendente do Iphan Paulo Vidal e o vereador Pedro Duarte (Novo), além do presidente da Câmara Municipal Carlo Caiado (PSD) e diversos empresários do Centro.
“Com apoio da Câmara de Vereadores, concedemos um número enorme de incentivos e benefícios para quem investir e construir no Centro por um tempo determinado. São cinco anos, e esperamos que as pessoas utilizem esses benefícios e invistam no Centro. Que elas ousem porque hoje é mais negócio e dá mais lucro construir no Centro do que em qualquer outro lugar da cidade“, afirmou Eduardo Paes.
De iniciativa da Prefeitura, a nova legislação foi aprovada pela Câmara de Vereadores em setembro e sancionada pelo prefeito no último dia 9. O plano prevê diversos incentivos urbanísticos e tributários, como a isenção de pagamento de Imposto sobre a Transição de Bens (ITBI), por cinco anos, e tem como objetivo incentivar o aumento da oferta de unidades residenciais na região central da cidade, a partir da construção de novos residenciais ou de retrofit.
Desde que entrou em vigor em julho de 2021, o Reviver Centro já registrou 44 pedidos de licença com os benefícios da legislação, dos quais 32 foram concedidos. No total, são 3.629 unidades residenciais: 2.446 licenciadas e 1.183 em tramitação.
“É mais um projeto que se inicia no Centro da cidade. Estamos oferecendo todos os incentivos financeiros, urbanísticos e de projeto, todo o possível para a reocupação do Centro. Esse bairro aqui até já tem umas pessoas morando, mas é claro que precisamos reconectar com o restante do Centro da Cidade. Nosso trabalho agora, além de incentivar e provocar o mercado a aproveitar esses incentivos enquanto estão disponíveis, é a gente reocupar o Centro para que ele prospere. Parabéns para a W3, que apostou no projeto e saiu na frente. Esperamos que outras empresas cariocas e de todo o Brasil comecem a olhar para o Centro do Rio“, disse Chicão Bulhões.
Para o Diretor da Sergio Castro Imóveis, Claudio André de Castro, que estava presente, o Bairro de Fátima “é uma pérola residencial no meio do Centro, uma região desejada e que há décadas não via um lançamento imobiliário. É o “bairro Peixoto” do Centro”, disse ao DIÁRIO. E complementou: “vai vender que nem água no deserto”.
Cores de Fátima
O Cores de Fátima terá 64 unidades entre apartamentos padrão de um ou dois quartos, studio e garden (com quintal privativo), com tamanhos de 34 a 98 metros quadrados. Os imóveis têm valores a partir de R$ 385 mil. O residencial terá também segurança 24 horas, academia e salão gourmet, além de conveniências como os espaços Pet e Delivery.
O prédio será construído pela W3 Engenharia, mesma empresa que lançou o Cores do Rio, primeiro projeto do Reviver Centro, em 2021. O Cores do Rio já teve quase todas as suas 122 unidades comercializadas. Localizado na Rua Irineu Marinho, 52, o condomínio está com obras aceleradas e tem previsão de entrega para abril de 2024.
“Sempre gostamos muito do Centro da cidade e a ideia de trazer as pessoas para morarem mais perto do trabalho, economizando tempo no deslocamento e podendo ficar mais tempo com a família. O Reviver Centro criou as condições favoráveis e permitiu que pudéssemos desenvolver esse projeto”, explicou Flávio Wrobel, um dos sócios da W3 Engenharia.
A legislação do Reviver Centro foi concebida para atrair novos moradores e recuperar a vitalidade social, a cultura e a economia da região do Centro do Rio. Pelo plano, o potencial construtivo gerado na área do Centro e Lapa pode ser usado na própria região, assim como as novas regras permitem a construção de hospitais, por exemplo. O potencial construtivo será possível por meio de pagamento de contrapartida à Prefeitura do Rio.
Para construções nas áreas da Cruz Vermelha, Lapa, Saara, Tiradentes e Central do Brasil, a contrapartida será de 10% no 1º ano, de 20% no 2º ano e assim por diante, até chegar a 100% em 10 anos de programa. Quem construir nas regiões do Centro e Lapa poderá usar o potencial de construção nos bairros de Copacabana, Leme, Ipanema, Lagoa, Botafogo, Tijuca, Praça da Bandeira, nos bairros da Zona Norte da AP3 (exceto Ilha do Governador), além da II Região Administrativa do Centro (Centro e Lapa).