Baixa produtividade do trabalho remoto gera conflitos entre empresas e colaboradores

As grandes empresas já detectaram o mau negócio que é o trabalho remoto, mas poucas têm coragem de bater de frente com os colaboradores que preferem ficar em casa. “Ninguém quer devolver prêmio de loteria”, diz executiva de RH. Especialistas recomendam negociação e tentam dourar a pílula.

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Edifício De Paoli, no Centro do Rio / Wikimédia - Crédito: Denis Gahyva

Adotado diante dos riscos e restrições impostas pela pandemia, o homeoffice ou trabalho remoto foi uma solução para aquele momento de exceção e tragédia, mas por algum tempo se cogitou que esta modalidade laboral poderia ser instituída mais amplamente. Com o fim do período pandêmico, e o mundo entrado nos eixos, as empresas, que percebem claramente a queda na produtividade e problemas de criatividade, querem voltar ao “velho normal”, com escritórios ocupados pela totalidade dos seus funcionários.

Como é óbvio que ocorreria, os empregados resistem, pois querem continuar evitando o trânsito, sem contar outras vantagens como a falta de controle superior e a possibilidade de executar outras tarefas no meio do dia. No setor público, a situação se agrava, até por não existir praticamente nenhum tipo de controle de produtividade mesmo no trabalho presencial; agora, imagine no trabalho em casa.

Em 2024, muitas instituições anunciaram a volta ao presencial, inclusive as empresas de tecnologia e internet – estas têm exigido de dois a três dias presencialmente – que se adaptaram rapidamente à lógica do coronavírus. Especialistas, no entanto, mostram que esse retorno tem gerado a esperada resistência em muitos trabalhadores.  “Ninguém quer controle, ninguém quer abrir mão do que considera um benefício. Mas quem paga o salário quer produtividade e entrega pessoal. É óbvio que ninguém quer devolver prêmio de loteria”, explica – pedindo anonimato – a diretora de RH de uma grande empresa do setor de Óleo e Gás no Rio.

Em entrevista ao Infomoney, Maria Eduarda Silveira, headhunter da Bold HRO, ressaltou que as empresas podem abrir janelas de negociação para não perderem funcionários que considerem competentes e que ajudaram as instituições em períodos sombrios e que agora têm preferência pelo desempenho das suas tarefas diretamente dos seus lares, seja por que razão for.

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“As empresas se beneficiaram muito com o home office, especialmente com a contratação de talentos onde quer que eles estivessem. Agora não podem simplesmente voltar atrás”, ressaltou Maria Eduarda Silveira, acrescentando que os setores de RH precisam ser mais flexíveis e “avaliar [as novas modalidades de trabalho] antes de simplesmente dizer que vai voltar tudo como era antes”, disse a headhunter, lembrando que impor tal mudança pode levar a empresa a “colocar em risco também a qualidade do seu quadro de funcionários, tendo de buscar pessoas que topam o presencial”. Obviamente há funções onde o trabalho é de certa forma instintivo ou automatizado, e neste caso a opinião dos colaboradores é bem menos relevante.

Quanto aos funcionários que mudaram de cidade, ela disse que “isso exigirá além de flexibilidade, uma transformação da liderança. Mas é importante frisar que não é ‘tudo para mim nada para eles’. E isso vale também para o funcionário. É preciso equilíbrio porque há ganhos também com trabalho no escritório”, pontou. 

Quanto aos ganhos do trabalho presencial, a psiquiatra e cofundadora da Caliandra Saúde Mental, Camila Magalhães, ressaltou que ele tem um lado muito positivo: “Sabemos que, no remoto total, a cultura da empresa estava se perdendo e tem gente que trabalha melhor em equipe do que sozinha. Mas o contrário também é verdade e, por isso, não há uma solução pronta e sim construída”, disse a especialista ao Infomoney. Na verdade é fácil comprovar que a cultura de cada empresa se dilui e mesmo desaparece se não há o encontro presencial e o trabalho em equipe.

A negociação entre trabalhadores e empresas também é defendida por Bruno Carone, CEO da empresa de benefício de viagens Férias & Co, criada em 2020 durante a pandemia para ofertar locais de trabalho para funcionários de empresas. “70% dos nossos clientes trabalham no modelo híbrido, deixando os colaboradores escolherem de onde querem trabalhar. E incentivam até viajar e trabalhar de um hotel, enquanto a família aproveita piscina”, disse o executivo ao site, lembrando que muitos empregados não querem mais o presencial total, aceitando, inclusive, ganhar menos para poderem escolher o lugar onde querem trabalhar. “Hoje sabemos que a pessoa não é remunerada pelas horas trabalhadas e sim pelo trabalho que entrega. Se quiser trabalhar da praia pode, desde que seus resultados estejam em dia”, afirmou Carone.

Os profissionais de RH acabam ficando em cima do muro para não desagradar os lados em questão e tentam, de forma politicamente correta e simpática, tornar o trabalho presencial mais palatável, tão óbvia sua superioridade produtiva. Há quem defenda a volta ao trabalho presencial ao menos 4 dias por semana (ou seja 4/5 presencial), dizendo que ambos têm vantagens e desvantagens parecidas. A consultora Renata Rivetti, fundadora da Reconnect Hapiness at Work, comentou que existe uma insegurança por parte das empresas quanto à produtividade dos funcionários, que, segundo ela, não será 100% em lugar nenhum. “Tem alguns dados levantados pela Universidade de Harvard que mostram que o trabalho 100% remoto não é mesmo tão produtivo, mas o mesmo estudo indica também que o 100% presencial também não é”, ponderou a empresária, cuja empresa é parceira da comunidade internacional 4 Day Week, voltada para implementação da semana pelo menos quatro dias de trabalho no Brasil. Se são a mesma coisa, por que propor 4 de 5 dias presencial? Pois é.

Empresas moderninhas e apaziguadoras como a Google, por exemplo, trabalham sob um modelo híbrido desde 2021, no qual a maioria dos funcionários passa três dias no escritório e dois dias em algum lugar da sua escolha. A iniciativa pode ser adotada porque as equipes da gigante de tecnologia definiram o tempo no escritório como colaborativo, com as áreas de atuação decidindo os dias das reuniões presenciais. Contudo, a Google reconhece que há funções específicas que precisam  ser presenciais ao menos três dias na semana.

O bilionário empresário Elon Musk, no entanto, discorda de todas os argumentos apresentados acima e se coloca a favor do que é mais óbvio, embora menos agradável para quem está em casa: sua postura é anti-home office. Musk chegou a chamar o teletrabalho de “moralmente errado” e determinou a volta de todos os seus funcionários aos escritórios.

No segundo semestre de 2023, o Itaú Unibanco estabeleceu uma nova regra na qual as suas equipes devem estabelecer um mínimo de dias presenciais. A proposta está sendo implementada em duas fases: quatro dias por mês desde setembro e oito dias por mês a partir de fevereiro de 2024. A iniciativa foi tomada para que o ambiente de trabalho seja mais produtivo, segundo Tatyana Montenegro, da área de Recursos Humanos do banco: “O objetivo é promover um ambiente de trabalho produtivo, flexível e acolhedor, aproveitando o melhor dos dois mundos: a praticidade, a autonomia e o foco do home office aliados às oportunidades de interação com o time no presencial”, disse, enfatizando que a mudança fortalecerá a cultura organizacional da empresa, e a integração e colaboração entre funcionários e equipes.

Atualmente, dos 85 mil funcionários da Itaú Unibanco, 42% já atuam presencialmente, com atendimento ao público ou funções de apoio a escritórios e agências; e 58% trabalham no modelo híbrido, regidos por uma escala pré-definida ou devendo comparecer em dias definidos nos escritórios. Diante das mudanças, o banco inaugurou a uma nova torre na zona Sul de São Paulo. Frases bonitas e apaziguadoras, mas parecem saber como o trabalho rende mais.

Retorno da ocupação dos escritórios físicos das empresas

O mercado imobiliário também está se readaptando à pós-pandemia, com ocupação dos prédios de escritórios registrando uma forte intensificação, em 2024, segundo levantamentos empreendidos pela consultoria imobiliária estrangeira JLL. A consultoria detectou que o saldo da absorção líquida – diferença entre as áreas alugadas e as devolvidas – atingiu 51 mil m², no terceiro trimestre do ano passado. O volume, que equivale a sete campos de futebol, é o melhor nível de atividade desde 2020. No centro do Rio, segundo a Sergio Castro Imóveis, apenas 19% dos escritórios de alto padrão estão vazios.

No acumulado do ano, a absorção líquida foi de 64 mil m², o que demonstra o reaquecimento do mercado nos últimos meses. As empresas ligadas aos setores financeiro e de serviços são as principais responsáveis por essa dinâmica. Em tendência contrária está o setor de tecnologia cujos trabalhadores preferem o home office.

A consultoria imobiliária CBRE destacou que, em 2023, 90% dos prédios de escritórios registraram uma ocupação de 69%, contra 50%, em 2022. “Esse aumento recente na ocupação dos escritórios é bastante significativo e tende a continuar porque existe uma demanda reprimida por espaço”, disse o vice-presidente da CBRE, Adriano Sartori, destacando que há empresas tendo que manter o homeoffice porque não têm onde instalar os funcionários recém-contratados. Por outro lado, há aquelas que acusaram queda na produtividade ou no engajamento dos funcionários e, por isso, querem reduzir o home office “A grande maioria dos CEOs com quem conversamos diz que prefere o expediente presencial full”, comentou Sartori, cuja opinião é compartilhada por Marcio Kawashima, sócio-diretor da consultoria Binswanger: “Ao longo do segundo semestre de 2023, a demanda por escritórios aumentou porque os funcionários estão passando menos dias em casa. A frequência no trabalho presencial tem aumentado”, afirmou o empresário, ponderando que o trabalho híbrido continuará sendo uma alternativa para empresas e funcionários: “São muitos os casos de empresas que avaliam ter perdido capacidade de interação com o home office e que isso tem representado menos produtividade e inovação. O modelo híbrido vai permanecer, mas em modelo reduzido, de um ou dois dias na semana”, concluiu.

Com Informações: Infomoney

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28 COMENTÁRIOS

  1. Tirando um ou outro comentário “troll” de adolescentes neoliberal, senti-me aliviada com os comentários. Sensatos e de olhos abertos para a dita “informação”. Esquece de considerar, a reportagem, que presenciamos pessoas jovens e saudáveis padecerem como moscas. A vida é frágil e é preciosa e sim, é contraprodutivo você ter um empregado (não existe “colaborador”) ciente que perderá a vida num cubículo. Nosso setor (público) adotou o meio misto e os prazos caíram. Sim senhora, temos controle de prazos e metas. Mensalmente entregamos relatórios a equipes de gabinete que inclusive contam com celetistas em sua equipe, olha só. Não diga bobagem do que não conhece. Mas sabe o porquê de os prazos terem caído? Porque a demanda aumentou significativamente com as possibilidades digitais que a obrigação do trabalho remoto trouxe. Então se um prazo, por exemplo, voltou a ser 30 dias (próximo do prazo anterior à pandemia, no início dela, já em home office, porque não paramos um dia sequer, chegamos a 10 dias), nossos processos passaram de 30, 40 para 100, 120. Ao contrário do senso comum, brasileiro é um dos povos que mais trabalha, ficando à frente inclusive dos EUA e países asiáticos, incluindo Japão e Coreia.

  2. Ué, é só saber organizar. As empresas é que têm de aprender. É o futuro. Cada vez mais surgem problemas de locomoção. Não se quer mais perder 2, 3, 4 horas por dia só indo e vindo do trabalho. Tá cada vez pior se deslocar. Transporte coletivo: lixo. Carro particular: milhões. Estradas e ruas: péssimas. Gastos com combustível, roupas, comida em restaurante: parte significativa do salário. Então, se modernizem.

  3. Seja trabalhando presencialmente ou remotamente, em ambos os casos o funcionário tem que cumprir o que o chefe delegar dentro do prazo, caso contrário perde-se o emprego. Nos dois casos têm o ônus e o bônus.

  4. Vamos aos problemas da matéria:
    1 – Se o home-office não funciona, pq ele é implementado de forma parcial em diversas empresas do exterior?
    2 – Se apenas trabalho presencial funciona, pq diversas empresas estão testando (com exito) a semana de 4 dias, sem redução salarial? Pela mesma lógica, deveria haver uma queda também.
    3 – Quem disse que o setor público não tem controles de produtividade?
    O caso é que o jornal apoia aquela linha neo-liberal, em que servidor público é vagabundo, e empregado de empresa particular é escravo. Os caras não pensam que o home-office funciona, mas os patrões querem explorar os empregados. Se for horário de 08:00 às 17:00, querem câmera aberta o tempo inteiro, fazem reunião ao final do horário, se estendendo muito além do horário, mas não querem pagar hora extra, e isso sem pensar que o funcionário pode ter outros compromissos, marcados após o seu horário.

    • 1) Isso já acontecia ANTES da pandemia em algumas empresas lá fora. Detalhe: o horário flexível já estava consolidado a muito tempo.

      2) A jornada de trabalho menor, de 4 dias por semana, se mostrou mais eficiente pois o trabalhador trabalha com mais foco além de movimentar a economia pois fora do trabalho ele passou a sair mais, consumir mais. Aqui o patrão quer te ver ocupado, o que é bemmmm diferente de estar sendo produtivo.

      3) O setor público tem tanto ou mais controle e metas que uma empresa privada, mas tudo que é estatal ou público DEVE ser demonizado. É a ideologia dessa gente. Quase um mantra.

  5. Gosto muito do Diário do Rio. É um jornal importante, que torce pelo Rio e traz informação relevante. No entanto, o ´ponto cego´ é essa triste defesa, totalmente autointeressada, pelo trabalho presencial.

    Aposto como a jornalista Patrícia Lima, se não foi obrigada, escreveu a matéria em casa.

    Pois é. Falta imaginação e criatividade à indústria imobiliária, que precisa urgentemente entender que só o uso misto das salinhas encalhadas no centro vai salvar o negócio.

  6. O PORTAL DA INDÚSTRIA IMOBILIÁRIA nunca iria dizer algo diferente disso, rs. Mas a real é que o híbrido é a melhor solução para manter as equipes funcionando bem. Agora, trabalho remoto funcionando mal é fruto de um perfil de funcionário que ainda não tem domínio sobre suas atividades somado à empresas com dependência de gerentes no cangote.

    Mas o trabalho remoto está aí. E os melhores estão cagando, porque sempre terão onde trabalhar.

  7. Só funça vagabundo defendendo essa merda de home office. Já não trabalham no escritório, imagina em casa.
    Políticos e funças são os vermes da nossa sociedade e mereciam ser extintos.

  8. A empresa que escolhe voltar ao trabalho presencial mostra claramente uma aversão a modernidade e merece ficar no passado e ter seus funcionários em máximo êxodo industrial. Em tempos de trabalho remoto mundial e inteligência artificial, vemos um empresariado querendo voltar à escravidão moderna e um neofeudalismo, com formas ultrapassadas de gestão, micro gerenciamento, tudo isso disfarçado de um ambiente familiar no escritório com falsos ludismos. Deprimente…

  9. Elon Musk é dono da tela = empresa de carro elétricos. Logo, pra ele, a mobilidade é essencial pros seus negócios.
    Chega a ser engraçado a ingenuidade das pessoas e a falta de criticadas da matéria altamente tendenciosa.
    Presencial nunca mais.

  10. Olhem isso “ Trabalho 1x por semana numa empresa pública que tem sede própria no centro e não há planos para presencial. Se houvesse, dificilmente emplacaria, pela resistência dos empregados.”

    Amigo, ou você volta ou toma uma pad/é demitido. É só demitir 1 que todos os problemáticos voltam.

  11. Não adianta, todo mundo sabe que home Office é vaga hundagem. Só conversar com os que trabalham de casa, quando estão em casa… shopping, praia, parques, etc… não quer trabalhar tudo bem, mas quem paga o salário tem o direito de quer a pessoa trabalhando. Por isso que o Elon Musk é esse fenômeno: segunda feira todo mundo presencial, quem não voltar está demitido. E assim foi feito, quem não voltou foi demitido. Não gostou abra sua empresa e seja feliz.

  12. Faltou mostrar dados reais sobre a suposta queda de produtividade. Não bate com a realidade dos números das empresas. Na verdade se percebe uma dedicação maior, uma vez que o funcionário passa a estar acessível por diversas formas com a mobilidade e a conectividade, dedicando menos tempo ao engarrafamento.

  13. Não voltou pro presencial por nada. Só por obrigação ou necessidade.

    Deus me livre ficar 8h por dia em um ambiente tóxico + 3h no trânsito.

    Nem entrevista de emprego tá sendo mais presencialmente. Mas, cada um com os seus interesses, né?

  14. A maioria das empresas nem sabe o que significa produtividade ou mesmo ler gráficos… lamentável… o resultado é se perpetuar no cargo às custas dos outros…

  15. Condizente com um jornal que é financiado pela indústria imobiliária.

    Não digo com prazer isso, mas se vcs dependem da volta ao passado p sobreviverem sugiro que repensem o modelo de negócios, pois não vai rolar.

    Trabalho 1x por semana numa empresa pública que tem sede própria no centro e não há planos para presencial. Se houvesse, dificilmente emplacaria, pela resistência dos empregados.

  16. O editor chefe é do polo gastronômico da praça XV, quer mais é gente no centro e não entende que precisa virar um polo residencial para o lugar sobreviver.
    É muito triste um empresário virar TORCEDOR pra que seu negócio dê certo. Um final de amadorismo e falta de adaptabilidade.

    Outra observação: a comunidade internacional 4 Day Week preza pela diminuição da carga horária para 4 dias, seja ela presencial ou remota. Falaram pouco e errado na matéria.

    Essa mentalidade de capitão do mato, típica de um país escravocrata e estampada nessa uma matéria escrita por alguém branco de classe média, não conseguirá freiar a mudança das relações de trabalho. Especialmente nos trabalhos digitais, em que se consegue facilmente trabalhar para EUA ou Europa. Boa sorte para as empresas retrógradas que disputem funcionários nessas áreas.

  17. O Diário do Rio é financiado por uma imobiliária. Então essa matéria faz sentido pois converge com os interesses do patrocinador.

    A REAL é que os prédios comerciais não estão abarrotados de gente. Os serviços (restaurantes, lanchonetes, etc) não tem o mesmo movimento entre outras coisas, daí eles estão perdendo dinheiro.

    Ao contrário do Brazil, nos países soberanos o home office já é realidade a muito tempo e já estão trabalhando em jornada de trabalho de 4 dias por semana, ou 6h de trabalho ao dia.

    Aqui o chefe inseguro e ruim quer te ver ocupado (não confundir com produtivo) o dia inteiro. E nada como o ambiente tóxico de uma empresa para os trabalhadores desfrutarem, não é mesmo?

    • Bem por aí mesmo.

      O Centro principalmente tem muitas salas comerciais vazias. Eu vou trabalhar 1x por semana presencialmente e não e o metrô não é mais aquele inferno pra entrar. Muito cheio, mas nada comparado a antes de 2020.

      Quem gosta de trabalho presencial é pq não tem paz trabalhando em casa e é carente ou é patrão.

    • Acho que o problema está na cidade do Rio, que, especificamente falando, tem um péssimo sistema de transporte coletivo, é péssimo, horroroso, foi feito mais para animais do que pessoas, o trânsito é totalmente caótico, as princiapais vias foram estreitadas para colocar ciclovias , feitas pra quase ninguém , que só atrapalham o fluxo de veículos, semáforos desregulados, excesso de pontos de ônibus, enfim, o Rio é UM INFERNO!!!!! Quem em sã consciência prefere perder 3h/dia somente no transporte? Só louco. O home office permite mais qualidade de vida, só de não ter que pegar ônibus ou BRT lotado já vale á pena, essa conversa fiada de baixa produtividade é pra boi dormir, se existir meta, se ela for atrelada à mais remuneração ou bonificação, o empregado vai se esforçar pra bater a meta pra ficar em casa, é história da carochinha, se o Rio tivesse um metrô com mais linhas, se fosse confortável, sem barulho, se os ônibus fossem de qualidade, os pontos de ônibus tivessem proteção contra chuva e calor, enfim, se a cidade contasse com transportes dignos, é óbvio que trabalhar presencialmente seria até um prazer, mas sabemos que não é assim, somente as autoridades e os “especialistas”que andam com chofer e no ar-condicionado são contra o home office, mas quero ver essas pessoas andarem de ônibus no Rio todos os dias, quero ver…

  18. Então o Diariodorio tem que deixar de ser online e deve ter alguém panfletando presencialmente na rua essas “notícias”, já que tudo que é remoto é pouco produtivo né? Tem que ter coerência com a própria opinião.

  19. Sempre uma matéria tendenciosa, escritas por alguém que está em casa ou que simplesmente vai e volta de carro, confortavelmente sentado, sem se importar com outras realidades. Assim é fácil.

  20. Bonito a turma de RH e as direções de empresas “chiar” agora, mas foi por causa do H.O. que o país (e o mundo) não parou. Se problema é “o olho do chefe” é problema local, brasileiro não gosta de avaliação, cobrança de resultados e plano de metas…Daí decorre a baixa produtividade. Lá fora pra sobreviver tem que trabalhar duro, ganha-se bem mas você é cobrado e, em particular, na qualidade. E não por acaso foi no serviço público que ficaram os bolsões de resistência ao presencial, sendo algumas áreas as ultimas a retornar. Afinal de contas tem terror de ponto ou “timesheet”. Só depois não fiquem reclamando por que a economia não anda pois o povo está ocupado no trabalho.

  21. E alguém ainda duvidava disso? A sombra do chefe no teu cangote pode ser um saco, mas estimula o indivíduo a produzir, senão poderá sofrer consequências. Há pessoas que naturalmente se auto estimulam ao trabalho. Acordam cedo por si só, são pró-ativas, super concentradas. Mas isto não é a realidade da maioria, que precisa de “chicote” o tempo todo para se mover.

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