O candidato à Prefeitura do Rio em 2020 pela Rede Sustentabilidade, Bandeira de Mello, visitou propriedades rurais em Guaratiba, nesta sexta-feira (23/10), para conhecer de perto as dificuldades dos produtores e apresentar suas propostas para o setor na cidade.
Os agricultores reclamam das dificuldades no escoamento da produção e da falta de incentivo à atividade na cidade. Eles reivindicam, entre outras questões, a compra direta da produção pelo município. No caso de Guaratiba, as áreas de produção rural ficam a 20 minutos do centro urbano da Barra da Tijuca. Segundo o IBGE, há mais de 1.400 mil produtores cadastrados no município.
Na avaliação de Bandeira de Mello, as reivindicações dos produtores são justas, e as soluções, viáveis.
“Esse é um setor de grande dinamismo econômico, mas que pode ser incrementado, gerando ainda mais empregos”, afirma Bandeira, que também reforça a necessidade de atenção ao potencial turístico das regiões de produção agrícola da cidade.
Um dos exemplos é a propriedade de João Márcio de Mello, produtor de bromélias e plantas especiais, que pede incentivo da prefeitura para a produção e a exploração do turismo rural.
“É uma região de dinamismos, e nossa produção local gera emprego e renda, além de sustentabilidade e desenvolvimento da região e do município”, diz o produtor.
Bandeira de Mello afirmou que o programa de seu governo prevê a expansão o Programa das Hortas Urbanas no Rio e o apoio à produção agrícola de orgânicos no município, além de viabilizar a compra de produtos da agricultura familiar para as escolas da rede municipal e os restaurantes populares geridos pela Prefeitura.
Paulo Rodrigues Fernandes Pereira, produtor de plantas ornamentais e presidente da Associação de Produtores Rurais de Guaratiba, explica que a prefeitura poderia auxiliar os empreendedores do setor com políticas públicas de assistência técnica e a descentralização de compras de itens para a merenda escolar.
“O Rio precisa reconhecer a agricultura como um setor importante da economia. O produtor não consegue liberação de crédito, não consegue gerar emprego e renda”, afirma Paulo Rodrigues, que lembra que o investimento na agricultura familiar também contribui para a sustentabilidade do meio ambiente e na redução do lixo.
Atualmente, a produção de plantas artesanais abastece centros de distribuição como a Cadeg e o Ceasa, além de mercados de outros estados, como São Paulo, mas a renda acaba sendo dividida com intermediários.