Bar Bukowski comemora 23 anos de muito rock’n’roll

Bar de rock mais antigo do Rio de Janeiro já resistiu a diversas crises e agora enfrenta a pandemia de coronavírus

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Foto: Divulgação/Bukowski

O Bukowski está completando 23 anos. Durante este tempo, o bar promoveu mais de 10 mil noites de muito rock’n’roll. O Buko (para os íntimos) é o bar de rock mais antigo do Rio e teve início em 1997, sempre no bairro de Botafogo. Atravessou crises econômicas, modismos que dominaram a cena musical e agora está tentando passar com toda sua saudável rebeldia pela pandemia. O aniversário será comemorado nesta quinta-feira (19/11), sexta-feira (20/11) e sábado (21/11), com muito rock.

Na quinta, terá apresentação de banda e a volta do karaokê do Bukowski. Na sexta-feira também haverá uma banda e ainda as promoções ‘Vip vitalício’ e ‘Primeira dose de vodka grátis’. No sábado, DJs da casa e convidados se revezarão nas três pistas de dança. A noite terá também ‘Caça ao tesouro’, com prêmios de ‘vale-porre’. Nos três dias acontece o tradicional brinde coletivo com um shot exclusivo, o ‘macaca caolha’, que é uma infusão de banana passa no rum, elaborado pela bartender Sarah Vale.

O espaço é ideal para quem deseja curtir boa música em todas as vertentes do rock. Shows, performances artísticas, promoções e muitas loucuras acabaram transformando o local em um ícone do Rio de Janeiro. O Bar homenageia um dos escritores e poetas mais rock‘n’roll de todos os tempos, Charles Bukowski, e arrasta uma legião de fãs do Rio e mundo afora, e que não para de crescer.

Com a pandemia e o isolamento social, o Buko aguentou firme com o apoio e a fidelidade de seus clientes que juntaram cerca de R$ 200 mil em uma campanha para ajudar a casa.

Esperamos para ver como a noite do Rio reagiria e só reabrimos em outubro. Nossa principal meta era oferecer o maior nível de segurança possível, com espaços controlados e cabines de dança individuais para até seis amigos. A medida que as restrições impostas foram caindo, percebemos que as pessoas querem se soltar mais, dar vazão a tudo que estava preso nesses meses de quarentena”, analisa Pedro Berwanger, fundador e proprietário do Bar.

O Bukowski já carimbou seu lugar de destaque na história da noite carioca. Sobre o futuro do Bar, Pedro diz: “Estamos atentos aos movimentos do mundo que, é claro, terão repercussão por aqui. Hoje, na minha opinião, trabalhamos com o “anormal”, já que o mundo não é mais o mesmo e as pessoas ainda não sabem onde e como se encaixar. Por isso, apesar da fama de loucos e boêmios, eu e a minha equipe estamos em constante alerta para atuarmos no modo ‘novo normal’, seja ele qual for”, decreta Bewanger, que apesar das constantes declarações de que precisa se aposentar, parece ainda ter gás para mais duas décadas de história.

Em 1997, quando no cenário internacional, músicas como The Memory Remains (Metallica), Don´t Go Away (Oasis), Anybody Seen My Baby (The Rolling Stones) e Paranoid Android (Radiohead) estavam entre os principais sucessos, Pedro Berwanger, junto com um primo, teve a ideia de abrir um bar direcionado ao público que curtia rock’n’roll.

Com 23 anos de muitas histórias curiosas e engraçadas, o Bar Bukovski é uma espécie de resistência aos modismos musicais e mantém até hoje suas características. “O que começou como uma ideia maluca de dois jovens bêbados, tomou metade da minha vida. Era para ser apenas uma travessia, mas acabei me tornando o chefe do barco“, completa Pedro.

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