Batalhão de choque usa bomba de efeito moral em desocupação da Uerj

A ação policial resultou na prisão de estudantes e o deputado federal Glauber Braga

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Uerj tem confusão durante desocupação; PM usa bomba de efeito moral — Foto: Reprodução TV Globo

A Polícia Militar entrou na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) após decisão judicial que determinou a desocupação do prédio, tomado por alunos há um mês, na tarde desta sexta-feira (20/09). Uma das pessoas detidas no local foi o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Alguns estudantes também foram presos durante a ação.

A chegada dos agentes de segurança, assim como um oficial de Justiça, ocorreu no prédio João Lyra Filho, no bairro do Maracanã. Os policiais entraram em grupos no local, por volta das 13h30. Os estudantes resistiram e o choque usou bombas de efeito moral.

Foram enviados ao local o Batalhão de Choque e equipes do 6ºBPM e do Grupamento Aeromóvel da PMERJ. Em nota, a PMERJ informou que “prestou auxílio ao Poder Judiciário e desobstruiu a Rua São Francisco Xavier após manifestantes atearem fogo em objetos na via”.

A reitoria da instituição usou as redes sociais para pedir a saída dos manifestantes. Em publicação feita no fim da manhã, pouco antes da entrada da PMERJ no local, a UERJ pediu que os alunos saíssem “voluntária e pacificamente”.

Pelas redes sociais, a UERJ afirmou que situação chegou “ao limite da resistência pacífica”. Em publicação na noite da quinta-feira (19), a instituição afirmou que esperou a saída dos estudantes até o horário limite dado pela Justiça e que a supervisão de segurança do local encontrou “pessoas de rostos cobertos, armadas com pedaços de pau”.

A mobilização dos estudantes da Uerj foi fruto de mudanças no critério para que alunos de ampla concorrência em vulnerabilidade social consigam a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (Bavs), além da restrição do pagamento do auxílio-alimentação para alunos de cursos que fiquem em campi que não tenham restaurante universitário e mudanças no auxílio para material didático, antes pago a cada seis meses, para um pagamento anual de R$ 600.

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