A candidata à prefeitura do Rio em 2020, Benedita da Silva (PT), percorreu nesta quarta-feira, (04/11), ruas do centro e o calçadão da Penha com candidatos a vereador pelo PT e PCdoB.
No Dia Estadual das Favelas, ela pediu a união de todos os cariocas no combate ao racismo, à desigualdade e à violência. A candidata disse que sua prefeitura atuará pela inclusão da juventude das favelas na vida cultural da cidade.
“Compositores, dançarinos, instrumentistas, samba, funk, dança do passinho, teatro, audiovisual, são várias as modalidades da cultura na comunidade. Os jovens precisam de apoio para tocar seus negócios e atrair turistas para as apresentações nas comunidades“, defendeu.
Cidade unida, não partida’
Combater o racismo, segundo Benedita, é combater a desigualdade e toda forma de violência contra a população no morro e a juventude.
“Se não nos unirmos para investir nessas pessoas, não haverá desenvolvimento econômico, cultural, turístico, paz e saúde na cidade. Vamos unir o Rio em uma campanha antirracista, pela inclusão, pelo combate à violência, proteção aos menos favorecidos e politica de emprego. Só assim é que teremos uma cidade unida, não partida” , afirmou a candidata.
Propostas
Entre os projetos para criar empregos e melhorar a vida nas comunidades, a candidata citou as ações ambientais do Gari Comunitário, a moeda social para turbinar o comércio local, o banco popular para financiar pequenas obras de melhorias nas casas das favelas.
“Nós tivemos o Minha Casa, Minha Vida e precisamos criar o Minha Casa na Favela, com crédito zero para quem precisa trocar uma janela, fazer um banheiro, levantar uma parede“, exemplificou.
Revitalização do centro, com respeito ao camelô
Mais cedo, em caminhada pelo Centro do Rio, Benedita falou sobre os seus projetos para revitalizar o coração da cidade, com mais residências, mobilidade, presença da Guarda Municipal e um tratamento humano e respeitoso “a quem está na rua trabalhando para levar comida para casa“.
Ela se comprometeu a devolver vida e alegria ao Centro, hoje abandonado e com o comércio de rua totalmente desorganizado.
“As pessoas que trabalham na rua para levar alimento para a sua casa ficam sem proteção. Vamos garantir espaços mais confortáveis, organizados e banheiros para que possam fazer suas necessidades e até tomar um banho. Ninguém faz esse comércio porque quer. Isso é resultado do desemprego, que voltou a crescer no país“, afirmou Benedita, dizendo ser favorável a fiscalização para saber sobre a origem dos produtos.