BNDES desenvolve projeto para revitalização da região central do Rio

O enfoque principal é devolver esses ativos à cidade, fortalecendo a centralidade da Zona Portuária e da Leopoldina, tornando a área mais habitável, verde e atrativa.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revelou um ambicioso projeto de redefinição do cenário urbano da Região Central do Rio de Janeiro, em resposta aos desafios econômicos da pandemia de COVID-19. Com um investimento substancial de R$ 2 milhões do Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP), a iniciativa propõe a revitalização de ativos imobiliários públicos subutilizados, em colaboração estratégica com a prefeitura e a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR).

“O estudo é público. Os donos dos imóveis podem procurar o BNDES ou o Banco pode procurá-los para propor a estruturação de projetos. Já estamos estruturando o Palácio do Itamaraty, por exemplo”, revelou o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa.

Inspirado por experiências em cidades como Barcelona, Cidade do Cabo, Detroit, Nova York, Recife e Seul, o estudo identificou 46 imóveis públicos, entre 75 analisados, para intervenções específicas. Essas intervenções incluem propostas detalhadas com estudos de viabilidade financeira, legislativa e estratégias jurídicas. O enfoque principal é devolver esses ativos à cidade, fortalecendo a centralidade dessa região do Rio de Janeiro e tornando a área mais habitável, verde e atrativa.

O projeto não se restringe ao centro histórico, abrangendo três regiões administrativas: a região Portuária (Saúde, Gamboa, Santo Cristo e Caju) e a área ao redor da Av. Francisco Bicalho, que inclui a Estação Leopoldina, desativada desde 2002, com mais de 100 mil m². O escopo do projeto contempla não apenas a revitalização de edifícios históricos, como o Palácio do Itamaraty, mas também a criação de novos bairros em terrenos subutilizados.

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Projeto de bairro misto no terreno da antiga estação da Leopoldina, na Avenida Francisco Bicalho – Foto: Divulgação

Quanto à tipologia dos imóveis, o projeto classifica-os em quatro categorias: âncoras do território, reforço a atividades, “acupuntura urbana” e retrofit ou reconversão imobiliária. O BNDES prevê intervenções em locais estratégicos, como a região da praça da Cruz Vermelha, o entorno da Quinta da Boa Vista, a região da Praça Mauá (incluindo edifícios emblemáticos como A Noite e o Moinho Fluminense) e a construção de habitações populares em terrenos negligenciados, como o pertencente ao INSS, na Avenida Passos.

Além disso, o projeto aborda a necessidade de adaptação climática, propondo medidas como espaços verdes, drenagem eficiente de águas pluviais e infraestrutura sustentável, incluindo a construção de telhados verdes. O objetivo final é transformar espaços vazios que atualmente degradam a região central em áreas dinâmicas e pulsantes, promovendo a criação de sub-bairros e vizinhanças.

O estudo foi elaborado por meio de um consórcio liderado pela Urban Systems e que conta com a participação das empresas FINARQ, Vieira Rezende Advogados, UrbanoMétrica, Ramboll Management Consulting e Porto Marinho Ltda.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Manobrations com o dinheiro do trabalhador.
    O BNDS poderia se preocupar mais com a infraestrutura do país para um verdadeiro progresso à se preocupar com a estética carioca- que prefeitura cuide disso, dinheiro não falta, haja à vista a riquíssima arrecadação com o IPTU.
    O país precisa de é de saneamento básico pois, tem muitas cidades com esgoto a céu aberto, além de muitas casas, como na região dos lagos do estado do Rio por exemplo, onde ainda hoje se usa sumidouros contaminado os lençóis freáticos; caminhoneiros patinando com seus caminhões nas estradas de lama e essa turma preocupada com estética.

  2. A iniciativa é boa mais primeiro tem que se preocupar com a segurança de algumas partes do centro da cidade , aí sempre ocorre roubos e furtus principalmente no fim de tarde .Depois vamos fazer a tão falada revitalização das zonas centrais, eo restante da cidade onde existem locais que também precisam de uma boa limpeza .

  3. O prédio do antigo IAPTEC na Avenida Venezuela foi invadido há 04 anos e até hoje não foi tomada nenhuma providência para retirada dos invasores, que transformaram o prédio numa autêntica favela. Isso tudo na mesma quadra da Polícia Federal, do Instituto Nacional de Tecnologia, do Instituto Estadual do Ambiente e da Justiça Federal. Uma vergonha!!!

  4. Precisa ser a zona mais segura da cidade. A Odebrecht instalou um escritório ali e uma funcionária estava esperando o Uber na portaria passaram, levaram a mochila com TUDO de trabalho dela e ainda a agrediram. Sem resolver segurança, não se resolve nada.

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