Bolsa de Valores: do caos à modernidade

Existiam no Brasil, até recentemente, diversas bolsas de valores espalhadas por diversos estados. Entre as mais antigas estavam a Bolsa do Rio e a de Salvador, ambas criadas no início do século XIX

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Imagem de Csaba Nagy por Pixabay

Existiam no Brasil, até recentemente, diversas bolsas de valores espalhadas por diversos estados. Entre as mais antigas estavam a Bolsa do Rio e a de Salvador, ambas criadas no início do século XIX. Contudo, ao longo do tempo, por motivos diversos, a maior parte delas foi perdendo a relevância. Por outro lado, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi se destacando, a ponto de, no ano 2000, incorporar todo o mercado de ações do Brasil.

Nos dias atuais, com as facilidades trazidas pela internet, é possível vender e comprar ações, além de outros ativos, tais como CFDs e Forex, pelo computador ou celular de forma muito simples. Tudo graças à disponibilização de plataformas online seguras e de fácil acesso, que permitem realizar as transações sem sair de casa, tornando a localização da bolsa de valores menos importante. Mas nem sempre foi tão simples assim.

Pregão viva-voz

A ideia que se tem até hoje quando se fala em bolsas de valores é a de uma multidão de operadores em um enorme salão, com telefones presos entre o ombro e a orelha, competindo aos berros pela compra e venda dos papéis. Era a única maneira de acompanhar as cotações à espera do momento certo de efetuar as transações.

Muitos saudosistas consideram o pregão viva-voz como o verdadeiro mercado de ações, onde o feeling dos operadores era um aspecto indispensável do jogo. E afirmam que a atmosfera da bolsa e aquela proximidade com os concorrentes eram determinantes para um bom negócio.

Mega Bolsa

Em 1997 foi introduzido no Brasil o Mega Bolsa, um sistema eletrônico que ligava o pregão aos sistemas online das corretoras. Foi uma verdadeira revolução tecnológica para a época, uma vez que os operadores não precisavam mais ficar amontoados no salão da bolsa fazendo negócios aos gritos.

Com o Mega Bolsa, os comandos de compra e venda eram realizados mais silenciosamente, através de um painel no qual as corretoras enviavam as ordens para os operadores efetuarem as transações. Apesar dessa inovação, o pregão viva-voz ainda sobreviveu até 2005, quando foi realizado pela última vez, sendo substituído integralmente pelo Mega Bolsa.

Home broker

Hoje em dia, as operações de compra e venda de ações são totalmente online. Elas são realizadas através das plataformas chamadas de home broker, que consistem em sistemas que mostram de forma gráfica e em tempo real as variações nos preços dos papéis, bem como as tendências de alta e baixa de cada um. A facilidade proporcionada pelo home broker é tão grande que é possível um investidor leigo começar a negociar ações com um mínimo de aprendizado.

Outra comodidade são as funcionalidades conhecidas como robôs, que monitoram as ações automaticamente para o usuário. Eles podem ser programados para vender ações do investidor quando seu preço ultrapassar um determinado valor ou comprar ações em que ele esteja interessado quando seu preço cair abaixo de um valor que ele considere vantajoso. É como ter um operador exclusivo tomando conta do mercado e fazendo o melhor negócio.

Longe se vão os dias de caos dos pregões das bolsas de valores e, desse modo, para alguns podem ter ficado as lembranças de momentos marcantes. De qualquer maneira, as novas formas de operar no mercado trazem promessas de bons negócios no futuro.

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1 COMENTÁRIO

  1. Na decadência do Rio de Janeiro, a BOVERJ deixou de ter razões para existir. Na mesma esteira vai o Galeão como aeroporto internacional. Ou o Rio de Janeiro tem um encontro sério com suas amarras à geração de riqueza aqui… ou vamos continuar na pobreza ao ficar confiando em governo.

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