As obras de revitalização dos Bondes de Santa Teresa seguem em ritmo acelerado. Após a reinauguração do Ramal Paula Mattos, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram), concentra esforços na reativação do Ramal Silvestre, desativado há quase 20 anos. A linha, que possui grande apelo turístico por conectar o bairro ao Trem do Corcovado, tem previsão de conclusão para este semestre.
“A retomada dos ramais Paula Mattos e Silvestre simboliza o nosso compromisso com a preservação da história e a melhoria da mobilidade urbana. O Bonde de Santa Teresa não é apenas um meio de transporte, é um patrimônio vivo que conecta gerações e encanta moradores e visitantes”, declarou o governador Cláudio Castro.
No Ramal Paula Mattos, foram recuperados 1,7 km de trilhos e rede aérea. Já no Silvestre, que possui 5 km de extensão, 1.018 metros foram demolidos, 730 metros receberam novos trilhos, 610 metros foram concretados e 576 metros asfaltados até o momento.
“A satisfação de ter o bonde de volta aos trilhos desativados é enorme, é um marco. Entregamos a primeira etapa, atendendo a um desejo antigo dos moradores, e seguimos trabalhando no resgate dessa história para fazer essa conexão com um ponto turístico importantíssimo do Rio de Janeiro, que é o Cristo Redentor. É um novo capítulo e um bonde de cara nova”, afirmou o secretário de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis.
Além da revitalização dos trilhos, o projeto inclui a ampliação da frota, que atualmente conta com oito bondes em circulação, e do quadro de funcionários. Desde abril do ano passado, 34 novos profissionais, entre motorneiros, auxiliares e supervisores, foram contratados.
“Com a futura integração, mais de 40 mil pessoas serão beneficiadas, reafirmando nosso compromisso com a mobilidade e a valorização desse patrimônio cultural e turístico. Além disso, a aquisição planejada de mais seis bondes permitirá ampliar a capacidade de atendimento, garantindo um transporte seguro e eficiente para moradores e visitantes”, ressaltou o presidente da Central Logística, Fabrício Abílio.
Resta “apenas” melhorar a questão tarifária – tudo bem cobrar R$ 20 de turista, mas para quem é carioca e não mora em ST, cobrar o mesmo preço é ccomplicado. Poderiam também ver algum tipo de parceria com a empresa que opera o trem do Corcovado e viabilizar a integração.
Aliás, o bonde poderia ser bem melhor usado, tanto por turistas, quanto pela população local. Uma linha turística (operada pela operadora do Corcovado talvez) com passagem única (bilhete diário, talvez) e possibilidade de o turista emendar a exploração do Cristo e de ST num passeio só. E linhas urbanas, que aceitem o bilhete único e operem com uma grade de horários melhor.