Em meio aos dos prédios da Rua Lauro Müller, entre o Shopping Rio Sul e o bairro da Urca, uma chaminé desafia o tempo e impressiona os cariocas atentos que passam por esse pedaço escondido da Zona Sul do Rio.
Com 20 metros de altura, erguida sobre uma base de pedra e construída com tijolos refratários, a torre do século XIX se esconde discretamente entre os 17 edifícios do quarteirão. A região também abriga uma praça interna conhecida como Praça General Leandro.
Em uma pesquisa, o DIÁRIO DO RIO descobriu duas prováveis origens da chaminé. Em alguns textos, há informações de que a construção pertencia a uma fábrica têxtil, enquanto em outros, indica-se que era um antigo engenho de açúcar, que deixou de funcionar no final do século 19. O que se sabe é que, apesar de já ter sido demolida, deixou para trás vestígios de sua presença. Não há registros de tombamentos oficiais por parte de órgãos municipais.
Para os mais curiosos, a construção reserva ainda uma escada que leva até o topo da torre. E para os que se aventuram por suas profundezas, há relatos de uma entrada que leva a um túnel misterioso, que se divide após percorrer cerca de 10 metros. Há moradores que acreditam que uma das ramificações se estende até Copacabana.
A torre já até salvou dezenas de pessoas da morte. Em uma matéria de janeiro 1996, do “O Globo”, o veículo noticiava que o Morro da Babilônia sofreu dois graves deslizamentos de terra durante um temporal, um deles em direção à Rua Xavier Sigaud, resultando em duas mortes. A base da chaminé foi diretamente atingida, mas permaneceu inabalada. Se não fosse por ela, a sede do 4º Distrito de Obras teria sido completamente destruída, colocando em risco a vida dos funcionários que lá trabalhavam.
Atualmente, a construção ajuda a dar um toque a mais no clima bucólico da rua, que é quase um condomínio, entre o Morro da Babilônia e o Instituto Benjamin Constant.
E nao tem uma plaquinha sequer informando o que era que funcionou la.
Muito legal, não conhecia, parabéns pela matéria!