Hoje é 31 de Março e há 65 anos iniciava-se a ditadura pra uns e a revolução pra outros. Nesta semana, muito se criticou ao Presidente Jair Bolsonaro pela inadmissível ideia de se comemorar um fato absolutamente incompatível com o Brasil que estamos construindo desde 1988.
Contudo, é lamentável que parte das críticas tenham vindo de quem o site da Câmara dos Deputados, em 24/10/2017, registra comemorando os 100 anos da Revolução Russa.
Nenhum dos Poderes pode comemorar nem a Russa, ontem, e nem a Brasileira, hoje, se ambas não foram democráticas e, dentre vários crimes, cometeram homicídios. A estimativa somente do período em que Josef Stalin governou a União Soviética (1924-53) é de 20 milhões de mortos. O relatório final da Comissão Nacional da Verdade apontou para 434 mortos e desaparecidos. Ambos foram regimes assassinos e, portanto, é inaceitável que sejam celebrados por agentes públicos eleitos por nós em um Estado de Direito.
A política de que o Brasil precisa está muito acima desse nível, em um ponto onde a honestidade intelectual sobre o que é bom para o país prevaleça sobre as posições pessoais.
Desprezo o golpe de 1964 e quem o defende, relativiza ou o atenua.Não tínhamos em 1964 um czar tirano.Tínhamos um presidente da república eleito,João Goulart, que assumiu com a renúncia de Jânio Quadros também eleito. Tiramos foram os golpistas durante 24 anos desgraçados pelos quais o povo democrata brasileiro amargou.