Brasil domina torneio de ‘sumô robô’ no Japão, e Rio de Janeiro leva título mundial

Alunas da UFRJ vencem competição com robô "Zé Pequeno" e inspiram mulheres na tecnologia.

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Alunas de engenharia Anne Victória Rodrigues da Costa (mecânica) e Lígia Bonifácio (eletrônica e de computação) - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Brasil fez história no All Japan Robot Sumo Tournament, realizado neste mês em Tóquio. Duas equipes brasileiras chegaram à final da competição, com a vitória da MinervaBots, da Escola Politécnica da UFRJ, na categoria “Mini Sumô”. O robô “Zé Pequeno”, um dos mais tradicionais da equipe, garantiu o título mundial com uma vitória de 2 a 0 sobre a Kimauánisso Robotics Team, do Instituto Mauá de Tecnologia de São Paulo.

A disputa, que reuniu 63 robôs de diversas nacionalidades, aconteceu na arena Ry?goku Kokugikan, palco de grandes competições de sumô. Na categoria “Mini Sumô”, robôs de até 500 gramas se enfrentam com o objetivo de empurrar o adversário para fora de uma arena circular.

Representando a MinervaBots, as alunas de engenharia Anne Victória Rodrigues da Costa (mecânica) e Lígia Bonifácio (eletrônica e de computação) comemoraram a conquista. “Chegar lá como finalistas mundiais foi uma grande conquista, mas também um grande desafio. Eu e a Anne estávamos apreensivas. A competição foi dura, exigiu que mudássemos estratégias e recalculássemos rotas, mas confiamos no trabalho de toda a equipe e conseguimos vencer adversários fortíssimos”, disse Lígia.

A vitória reforça a presença feminina em áreas como a robótica. “Ser mulher na engenharia não é fácil. E os desafios que enfrentamos até aqui nos prepararam para esse momento”, destacou Lígia. “Queremos mostrar que há espaço para todas e incentivar mais mulheres e meninas a participarem, sonharem e acreditarem no seu potencial”.

O professor Vitor Ferreira Romano, orientador da equipe da UFRJ, comemorou o resultado. “É um evento de nível mundial, com tradição, e ter conseguido o primeiro lugar nesse torneio, enquanto universidade pública e federal, nos deixa muito felizes”. Anne complementou: “Com toda certeza o Brasil está caminhando para se tornar uma referência tecnológica, e essa vitória por si só é um belo exemplo disso”.

Para o professor Anderson Harayashiki Moreira, do Instituto Mauá de Tecnologia, a final brasileira “mostra que, com os incentivos e o suporte adequados, conseguimos competir em pé de igualdade com as maiores equipes do mundo”. A Kimauánisso Robotics Team também teve um excelente desempenho, conquistando o segundo e terceiro lugares na categoria “Mini Sumô 500g – Rádio Controlado”.

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