Brasília: governador e prefeito se encontram com ministro Márcio França para tratar da crise aeroportuária carioca

Uma das medidas propostas por Cláudio Castro e Eduardo Paes ao ministro do Portos e Aeroportos é a redistribuição de voos entre os 2 terminais

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Pista do Aeroporto do Galeão - Foto: Reprodução

A crise dos aeroportos Tom Jobim (Galeão) e Santos Dumont (SDU) foi o foco da reunião realizada, nesta terça-feira (25), em Brasília, entre o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), o governador Cláudio Castro (PL) e o prefeito Eduardo Paes (PSD). No encontro, que contou com as presenças de outras autoridades do Rio de Janeiro, foram discutidos os principais entraves para o funcionamento adequado dos terminais impactados pelo esvaziamento (Galeão) e sobrecarga (SDU).

A ideia dos mandatários do Rio é redistribuir os voos entre os dois aeroportos, aumentando o número de voos do Galeão, através da alocação as rotas das capitais do país. Com a medida, o SDU receberia apenas voos provenientes de Congonhas e Brasília. O ministro Márcio França se mostrou favorável à proposta, que é resultado de um estudo do Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura do Rio, a Fecomércio, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e a Associação Comercial do Rio (ACRJ). O levantamento prevê a operação dos dois terminais por meio de um Sistema Multiaeroportos, com a limitação da capacidade do Santos Dumont para receber, no máximo, 9,9 milhões de passageiros anualmente, como determinado pela Infraero, respeitando a legislação ambiental vigente.

O ministro dos Portos e Aeroportos deu um prazo de 15 para apresentar um parecer sobre as sugestões apresentadas pelas autoridades do Rio. O ministro Márcio França adiantou que, nesta quarta-feira (26), terá uma reunião com a concessionária Changi, detentora de 51% do terminal, para saber se é do interesse das suas lideranças continuar ou não à frente do Riogaleão.

“As soluções que defendemos tem um único objetivo: fortalecer o Galeão, que é um equipamento importantíssimo para o Rio de Janeiro. Não é uma questão de ‘voos Rio’, mas sim de voos para o Galeão. Nossa proposta é clara: voos Santos Dumont – Congonhas e Santos Dumont – Brasília, e que os outros slots sejam transferidos para o Galeão. Tenho certeza de que o Governo Federal também tem interesse em solucionar essa questão e está empenhado em estudar nossas propostas. São medidas que vão aumentar a atratividade do aeroporto, e os resultados irão beneficiar o turismo e a economia do Estado”, afirmou o chefe do Executivo fluminense.

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O ministro Márcio França garantiu que o Governo Federal acompanha o empenho das demais esferas de poder para solucionar a crise que abate o Riogaleão e a economia fluminense.

“Todos os esforços estão sendo feitos por nós, pelo poder público. Vamos conversar com a Changi amanhã e estudar as propostas trazidas pelo Governo do Estado e a prefeitura. A proposta não é em números, é em destinos e isso é para fazer com que o Galeão possa se fortalecer”, finalizou França.

Também estiverem presentes à reunião: o secretário Nacional de Aviação Civil, Juliano Noman, os secretários de Estado da Casa Civil, do Turismo e da Representação do Governo em Brasília: Nicola Miccione, Gustavo Tutuca e André Moura, respectivamente. Além do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) e representantes da União e da Prefeitura do Rio.

As informações são do jornal O Dia.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Ligação metroviária do Galeão com o resto da cidade é fundamental. Porém, com o Galeão do jeito que se encontra hoje não haveria demanda, ao contrário de GRU.

    A decisão de ligar GRU ao sistema ferroviário só ocorreu após a saturação das vias, quantidade de passageiros, distância da capital e grandes engarrafamentos que dificultavam sua utilização.

    Cidades como Belo Horizonte e Brasília apenas possuem acesso rodoviário a seus terminais – e estes aeroportos funcionam a plenos pulmões. E mesmo nas cidades que têm metrô no aeroporto, o transporte sobre trilhos é mais utilizado por funcionários. Só uma pequena parcela por passageiros.

    Infelizmente, não seria possível criar aqui uma ligação metroviária antes de 8 a 10 anos, no mínimo.

    Condicionar a operação plena do Galeão a uma solução de mobilidade a longo prazo pode significar sua completa inviabilização. De forma que, quando a ligação metroviária acontecer, pode ligar a zona sul do Rio às cinzas do que já foi o aeroporto mais importante do Brasil.

  2. Acabei de ver, no You Tube, um vídeo postado há menos de 24 horas. Foi apresentado o aeromóvel que fará a ligação entre a estação de trem próxima ao terminal 1 de Guarulhos e todos os terminais. O usuário pode, atualmente, pegar um trem que vai do centro de São Paulo (estação da Luz) para Guarulhos com apenas uma parada no meio, já próxima ao aeroporto (na rodoviária de Guarulhos). Por enquanto, o usuário, tem de pegar um ônibus para ter acesso aos terminais, mas, quando esse aeromóvel estiver pronto (segundo o vídeo, em abril do próximo ano), o acesso aos terminais será por esse aeromóvel. O veículo terá intervalos de 6 minutos e capacidade de até 200 passageiros. Prefeito Eduardo Paes alegou, na reunião, que o trem ligando a estação da Luz até as proximidades de Guarulhos, só transporta 10% dos usuários. Se é assim, por que o governo do estado de São Paulo está construindo esse aeromóvel? GRU muito à frente. Enquanto isso, o Galeão… Dá tristeza ver o pronunciamento do governador na reunião com o prefeito e representante do Ministério de Portos e Aeroportos, em que ele consideraou que a criminalidade (e, portanto, insegurança) das linhas Vermelha e Amarela (e por que não incluir a av. Brasil?) não é um fator relevante. E nem sequer cita os congestionamentos dessas vias de acesso em vários horários. Ou seja, as autoridades do Rio parecem ignorar a razão pela qual as pessoas (e cias. aéreas, consequentemente) preferem SDU: facilidade de acesso (inclusive por VLT para SDU) e segurança. Querem promover um reequilíbio dos aeroportos, que é, sem dúvida, necessário, não atacando as causas para o desequilíbrio, mas por meio de uma imposição. Ainda veremos muita coisa sobre o “imbroglio” GIG x SDU no futuro. Ouso dizer que a transferência de voos de SDU para GIG pode até acontecer (na base da canetada), mas duvido muito que GIG venha a ganhar muitos voos internacionais como eles pretendem. O problema do acesso permanecerá, e GIG continuará patinando.

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