Bruno Hellmuth – Que tal o Teatro João Caetano com a fachada do Theatro São João?

Chanceler do Círculo Monárquico, Bruno Hellmuth, sugere o retorno da fachada original do Teatro João Caetano, ou melhor, do Theatro São Pedro de Alcântara

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Bruno Hellmuth
Médico e Chanceler do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro

Em artigo anterior, publicado no Diário do Rio de Janeiro, em 17/set/2023, já chamamos a atenção para a premente necessidade de se preparar o Centro Histórico do Rio de Janeiro, ou seja, o que resta nesta região do legado dos tempos do Império, para se tornar um forte atrativo para o turismo, fonte garantida de receitas, e de ocupações e empregos para a população que se pretende que venha a fixar residência nessa região geográfica.

Vale lembrar que, nas grandes cidades, européias principalmente, são os centros históricos bem cuidados que atraem massas de turistas de todas as origens. Aqui, porém, há muito para se restaurar e recuperar.

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Recentemente um grande jornal publicou excelente matéria, contando a rica história do Teatro João Caetano, situado na Praça Tiradentes, anteriormente Praça da Constituição. Essa casa de artes, em que se exibiram e ainda se exibem grandes nomes do teatro, da dança e da musica, desde a sua inauguração em 1813, com o nome de Theatro São João, e com a presença do Rei D. João VI, foi também palco de importantes episódios históricos.

A construção original era em estilo neoclássico (vejam a imagem) e foi inspirada no Theatro Nacional de São Carlos, de Lisboa. Em 1822, uma semana após proclamar a Independência do Brasil, Dom Pedro I foi muito ovacionado, ao aparecer no camarote real, usando no braço uma faixa verde e amarela, com o dístico Independência ou Morte. Ali também foi lida a Carta do Rei Dom João VI, enviada de Lisboa, que aprovava a nossa Constituição.

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Foto Cleomir Tavares/Diário do Rio

Em 1826, o teatro foi rebatizado como Theatro São Pedro de Alcântara. Ao longo de sua história, o teatro sofreu tres grandes incêndios, sendo o pior em 1856, logo após uma récita à qual comparecera Dom Pedro II. Na reconstrução, o imóvel sofreu importantes transformações, e no período da República Velha, recebeu o nome de Teatro João Caetano, em homenagem ao grande ator daquela época.

Atualmente, as pessoas que transitam pela histórica Praça da Constituição, observam uma horrível fachada branca quadrangular, com um painel no meio, em total desarmonia com o conjunto de sobrados e prédios antigos que o cercam.

Está agora anunciada uma paralisação das atividades do teatro, a partir de dezembro próximo, e por pelo menos seis meses, para recuperação e modernização da parte elétrica. Queremos aqui sugerir vivamente às Secretarias de Estado que tratam da Cultura, de Urbanismo e de Obras, que este período de paralização, venha a ser aproveitado também para a reconstrução da bela fachada neoclássica, recompondo a paisagem da praça que representa o verdadeiro núcleo do Centro Histórico Imperial, para orgulhar e encantar não só os atuais e futuros moradores, mas principalmente os visitantes, que tanto contribuem para as receitas da Cidade Maravilhosa.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Eu apoio, melhor que reconstruir estádio do Vasco na Barra da Tijuca.
    Só tirar uns 3 meses de salário do idiota do Paes que paga a obra.
    Por mim voltaria até o chafariz que está naquela maldita praça de Ghandi para o Largo do Paço e ali reconstruiria o Monroe.

  2. Eu adoraria, mas sairia muito caro… Eu peço licença pra dar três sugestões: uma, coloquem um banheiro público no local. Não dá pra conviver com os excrementos e urina do “povo da rua” no entorno do teatro. Segundo, criem jardins e floreiras no local; e, por fim, poderiam abrir um bar/café aproveitando aquela porta lateral “morta” do teatro, que dá pro largo adjacente (e também morto) entre o Real Gabinete e a rua do Teatro, com mesas etc para as pessoas esperarem a hora dos espetáculos. Acho que não sairia caro e melhoraria o aspecto abandonado do local.

  3. Eu adoraria ver o teatro restaurado para o mais próximo possível da fachada original, mas me parece uma reforma muito cara, dada a complexidade da obra. Não vejo a iniciativa privada bancando esta empreitada, e o gasto teria que recair sobre o Poder Público. Daí a pergunta: há orçamento para isso? É prioridade? Chegaríamos a um dilema de difícil solução. Eu só concordaria com investimento público nesta restauração se o teatro fosse estatizado pela Prefeitura para que entrasse em um programa sério de acesso popular a equipamentos culturais, nos moldes dos museus públicos.

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