Buraco do Lume, no Centro do Rio, é destombado pela Alerj

A proposta, que segue para sanção ou veto do governador, destomba o local, que foi reconhecido como patrimônio do estado em 2020

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A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta quarta-feira (21/12) um projeto de lei do deputado Rodrigo Amorim (PTB) que destomba o Buraco do Lume. A proposta, que segue para sanção ou veto do governador, mira um terreno particular dentro da Praça Mário Lago (nome oficial do Buraco do Lume). Mesmo sem detalhar a sua área, ela é descrita como um terreno na Avenida Nilo Peçanha, ”designado Lote l da Quadra A”.

No projeto, a justificativa é de que o objetivo do destombamento do espaço seria ‘‘colaborar para a melhor utilização de espaços urbanos no Centro do Rio de Janeiro, viabilizando o aproveitamento e ocupação de terreno não-edificado, de modo a promover o desenvolvimento urbanístico e econômico da região próxima a esta Casa Legislativa, em atendimento às normativas de planejamento urbano”.

Com o tombamento do local em 2020, só estavam permitidas no Buraco do Lume a construção “e implantação de equipamentos destinados a atividades culturais, vedada qualquer outra destinação”.

História do Buraco do Lume

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Atualmente famoso por manifestações políticas, a Praça, próxima ao metrô da Carioca, tem o nome oficial Praça Mário Lago, em homenagem ao intelectual carioca, que foi advogado, poeta, radialista, compositor e ator. Essa definição de nome aconteceu no final dos anos 1990, após uma lei proposta pelo vereador Eliomar Coelho, então no PT.

Somente em 2009, na gestão de Eduardo Paes, é que a placa com o nome de Mario Lago foi instalada, oficializando, definitivamente, o nome. Anteriormente, chamava-se Praça Melvin Jones, influente estadunidense, que nasceu em 1879 e morreu em 1961.

Chegando ao buraco, o local, que hoje em dia recebe às segundas-feiras militantes do PT e às sextas gente do PSOL, tem um motivo pertinente para tal apelido. No final da década de 1950, a empresa Lume Empresarial comprou vários imóveis no lado impar da Rua São José para levantar sua imponente sede, um arranha céu de mais de 20 pavimentos que daria frente tanto para a São José quanto para a Nilo Peçanha.

Contudo, a Lume faliu e as obras de sua sede se resumiam então nos tapumes abandonados ocupando uma área nobre o um enorme buraco, escavado para as fundações e garagem do prédio. Assim o apelido pegou. Virou piada, motivo de gozação dos cariocas daquela época.

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