Buser pretende transportar 500 mil passageiros no RJ durante o verão 

Empresa, especializada em viagens de ônibus, espera superar em 60% o volume de viajantes em relação ao mesmo período entre 2022 e 2023

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Imagem meramente ilustrativa de ônibus da Buser - Foto: Divulgação

A plataforma de viagens de ônibus Buser, operando no Rio de Janeiro desde 2018 e com mais de 4 milhões de passageiros que já utilizaram o serviço em todo o estado, projeta um verão de alta demanda em território fluminense.

A expectativa da empresa é transportar 500 mil passageiros entre dezembro e fevereiro – a chamada alta temporada -, superando em 60% o volume de viajantes no mesmo período entre 2022 e 2023.

A tão aguardada chegada das férias significa não apenas impulso ao turismo, mas também impactos significativos na economia do RJ. Com o referido volume de passageiros esperado para serem transportados, as projeções de alta também se estendem para outros setores, como hospedagem, alimentação e atividades de lazer, beneficiando diversos segmentos da economia no estado.

De acordo com a Buser, só em 2021, por exemplo, o número de usuários da plataforma cresceu três vezes no RJ e representou 1/4 da operação na região, sendo 18% somente na capital fluminense. Em 2022, o número de passageiros transportados durante a alta temporada saltou para 308 mil.

Com a maior acessibilidade ao transporte rodoviário, a empresa também democratiza as opções de viagem para os passageiros. Com a possibilidade de escolher entre diferentes trechos e horários, os viajantes ganham flexibilidade e controle sobre suas jornadas, criando um ambiente competitivo que também influencia positivamente o mercado.

De acordo com a Buser, 80% da população atendida, por exemplo, possui renda de até 5 salários mínimos. A economia das viagens pode chegar a até 80% em comparação com o automóvel particular e 60% em relação a tarifas praticadas por empresas tradicionais de transporte rodoviário. Sendo assim, a plataforma aquece o setor de fretamento, influenciando a redução dos preços viários e no acréscimo de até 37%, na média, da receita das famílias que utilizam a tecnologia.

Paralelamente, com a redução de 26% da ociosidade da frota das empresas de fretadores e com o aumento expressivo no número de usuários, a Buser afirma que houve aumento de 19% da empregabilidade de novos motoristas. Para o mercado de trabalho, a prática estimula a concorrência saudável no setor.

Outra justificativa apontada pela companhia para o aumento das projeções é o aumento constante das passagens aéreas e das crises enfrentadas por empresas e serviços de vendas de pacotes de viagens, como a ”123 Milhas” e a ”Hurb”, que nos últimos meses reacendeu o alerta de consumidores.

É que está na pauta desta semana o julgamento do recurso movido pelo Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais do Estado do Rio de Janeiro (Sinterj), alegando que a plataforma “não respeita as regras do setor”. “Se o tribunal acatar o pedido do Sinterj, os preços ao consumidor irão subir. Em rotas como Rio-São Paulo, por exemplo, que hoje estão em boa parte nas mãos de grandes empresas, o aumento pode ser de até 40%”, afirma Marcelo Nunes, presidente da Abrafrec, entidade que reúne centenas de empresas de turismo e fretamento que operam em parceria com a Buser no novo modelo.

Uma pesquisa realizada com os passageiros da Buser, por exemplo, constatou que 86% dos clientes disseram se sentir seguros utilizando a plataforma, em comparação com 67% dos usuários de ônibus convencionais rodoviários. Dados também da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) indicam que os ônibus fretados sofrem menos acidentes do que os ônibus do transporte por rotas fixas (linhas).

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