A Praça Onze, no Centro do Rio, finalmente recebe o busto de Marcílio Dias, primeiro militar negro a ter o nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A escultura foi reinstalada, nesta segunda-feira (5), pela Prefeitura, após passar por uma restauração para reverter os danos causados por uma tentativa de furto, em abril deste ano.
Coube à Secretaria Municipal de Conservação (SECONSERVA), recolocar o busto em seu pedestal de granito, localizado no canteiro central da Avenida Presidente Vargas, em frente à Escola Municipal Tia Ciata, nas proximidades do cruzamento com a Rua de Santana.
Graças a atuação dos agentes da Guarda Municipal, a escultura foi resgatada, evitando que algum ferro-velho clandestino da cidade fosse o seu destino. A peça foi entregue à Gerência de Monumentos e Chafarizes, atrelada à SECONSERVA, que deu início a restauração dos danos causados à obra, que teve parte do bronze das costas quebrado a pedradas. A reprodução da escultura é assinada por Henrique Hulse.
Para evitar novos ataques, a Gerência de Monumentos e Chafarizes tomou medidas para aumentar a resistência da peça: preencheu o busto com concreto e colocou novos pinos de fixação.
Sobre Marcílio Dias
Filho de uma lavadeira negra, Marcílio Dias ingressou na Marinha, após a sua mãe ser presa injustamente, em 1855. O militar teve uma atuação importante na Guerra do Uruguai, onde desembarcou na cidade Paysandú, em 1864, como tripulante da corveta Parnaíba, comandada pelo Almirante Tamandaré. Lá, cravou o estandarte brasileiro na torre da igreja localizada na praça da cidade. Marcílio Dias morreu, em 1865, em decorrência de um grave ferimento, depois de se destacar por bravura na Batalha Naval do Riachuelo, conflito definidor do desfecho da Guerra do Paraguai. Em 2022, o seu nome foi inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A obra está abrigada na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
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